Aberta no início do mês de fevereiro, a aduana no município de Santo Antônio do Sudoeste, no sudoeste do Paraná, que faz fronteira com a cidade argentina de San Antonio, vem mostrando os primeiros sinais para os comerciantes locais. Agora, com a possibilidade de moradores dos dois países atravessarem a fronteira a passeio ou para compras, o movimento vem aumentando na região.

De acordo com relatório do posto da Polícia Federal em Santo Antônio do Sudoeste, desde a abertura foram registrados aproximadamente 900 movimentos migratórios na aduana. Com o início das atividades na fronteira, fica autorizada a entrada, saída ou trânsito de viajantes e veículos procedentes do exterior. A cota é de 500 dólares para produtos comprados na Argentina.

Mais pessoas atravessando a região de fronteira também tem significado mais compras no comércio da região. Mauro Moresco, proprietário de um mercado em Santo Antônio do Sudoeste, conta que, com a abertura da Aduana, voltou a abrir o seu estabelecimento aos domingos.

“O fluxo de pessoas está aumentando, gradativamente. A gente já vê mais turistas argentinos, principalmente ao meio dia. Essa abertura veio para beneficiar os dois lados, porque temos produtos mais baratos no lado brasileiro e outros mais em conta no lado argentino. Isso está sendo positivo para o comércio dos dois lados”, afirma o empreendedor.

Empreendedores sentem reflexos positivos da aduana, em Santo Antônio do Sudoeste
No restaurante de Laudir, as expectativas são do movimento aumentar cada vez mais em razão do crescimento do turismo na região. Foto: Divulgação

Para o empresário Laudir Arendt, dono de um restaurante em Santo Antônio do Sudoeste, a movimentação já é percebida no estabelecimento.

“Eles [argentinos] adoram estar desse lado da fronteira. A gente tem visto o aumento da clientela, especialmente, porque aqui no Brasil eles encontram uma diversidade de produtos que muitas vezes não têm lá. A expectativa é de poder vender cada vez mais pela tendência do crescimento do turismo na região”, conta Laudir.

Do lado de San Antonio, na Argentina, o empresário Néstor Troche, que tem um comércio agropecuário, pontua que a abertura não está trazendo apenas reflexos comerciais.

“O comércio vai melhorar para os dois lados à medida que for passando o tempo, isso será natural. Mas, tem um outro aspecto, o cultural, que também será beneficiado, porque a gente tem uma relação social muito grande. Temos laços muito fortes entre brasileiros e argentinos. Essa aproximação tem se tornado cada vez maior e isso também é importante para o desenvolvimento da nossa região”, enfatiza Néstor.

Empreendedores sentem reflexos positivos da aduana, em Santo Antônio do Sudoeste
Do outro lado da fronteira, abertura da aduana também vem para reforçar os laços sociais e culturais entre brasileiros e argentinos. Foto: Divulgação

Fomentar o desenvolvimento

De acordo com o gerente da Regional Sul do Sebrae/PR, Cesar Colini, a abertura da aduana está fortalecendo o desenvolvimento da região.

“Temos um ambiente favorável para o desenvolvimento da região, especialmente através do turismo e do comércio. Uma conquista que é resultado de muito trabalho e que, agora, ficamos na expectativa de que passe a funcionar 24 horas por dia, transformando a região em um ponto de referência”, afirma Cesar.

Empreendedores sentem reflexos positivos da aduana, em Santo Antônio do Sudoeste
Aduana pelo lado da Argentina. Foto: Jaison Eduardo Zibetti de Souza

Marco para a região

Segundo o prefeito de Santo Antônio do Sudoeste, Ricardo Ortinã, a abertura da Aduana é um marco, uma vez que também vai estreitar o relacionamento da população entre os dois países.

“Sem dúvidas, vem para gerar mais renda e riqueza para os dois lados da fronteira. Ao mesmo tempo em que a nossa população faz compras lá, os argentinos também ingressam no Brasil. Geramos mais riqueza para os dois países”, completa o prefeito.

Fonte: SEBRAE
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