O empreendedorismo inclusivo consolidou-se em 2024 como uma importante ferramenta de transformação social, com impactos em várias comunidades sub-representadas. Essa é a avaliação da gerente nacional de Empreendedorismo Feminino, Diversidade e Inclusão do Sebrae, Geórgia Nunes.
Ela destaca o crescimento de 22% no número de pequenos negócios de comunidades quilombolas e de até 15% dos projetos de empreendedorismo sustentável realizados por empreendedores indígenas. Além disso, foi registrado um aumento de 18% dos negócios liderados por pessoas LGBTQIA+, principalmente nas áreas de tecnologia e economia criativa.
Queremos incluir ainda mais empreendedores nas políticas públicas porque o Sebrae acredita que a diversidade é fundamental para a inovação e, consequentemente, para a competitividade dos negócios em nosso país.
Geórgia Nunes, gerente nacional de Empreendedorismo Feminino, Diversidade e Inclusão do Sebrae.
Em 2025 será finalizada uma pesquisa pioneira do Sebrae, em parceria com o Datafolha e o Pacto Global das Nações Unidas, para mapear e desenvolver soluções para a comunidade LGBTQIA+. Com esses dados, a entidade vai conseguir realizar políticas públicas mais eficientes, melhorar o acesso a crédito e aumentar a formalização de empreendedores.
“Nós temos usado a segmentação dessas diversas categorias da sociedade para orientar as ações mais assertivas para cada uma. E para medir, para mensurar os avanços em cada um desses grupos”, completa a gerente.
Continuidade em 2025
Para 2025, o Sebrae vai focar na ampliação do alcance e na efetividade dos programas iniciados em 2024. Uma das metas é expandir em 30% a cobertura de capacitações de comunidades rurais e urbanas vulneráveis. A estratégia é intensificar as parcerias com organizações da sociedade civil, governos locais e empresas para viabilizar o acesso a mercados, insumos e, principalmente, financiamento.
O uso da tecnologia é essencial para esse avanço, por isso estão previstas iniciativas de transição digital dos pequenos negócios em diferentes comunidades.
Além disso, a gente espera desenvolver modelos de mentorias comunitárias onde empreendedores de sucesso desses grupos possam compartilhar suas experiências para inspirar e capacitar novos negócios.
Geórgia Nunes, gerente nacional de Empreendedorismo Feminino, Diversidade e Inclusão do Sebrae.
O Programa Sebrae Delas trabalha neste modelo de mentoria desde 2019, com redes de apoio de empreendedoras femininas. Esse suporte ganhou mais um aliado com o lançamento do Acredita Delas. A ação permitirá que pequenos negócios liderados por mulheres tenham melhores opções na aquisição de empréstimos em instituições financeiras, com o aval do Fampe para 100% do valor nas operações de crédito.
“A partir dessa experiência, o Sebrae quer contemplar as necessidades específicas de crédito para os demais públicos atendidos do empreendedorismo inclusivo. Então, estamos estudando a implementação de iniciativas semelhantes para quilombolas, indígenas, pessoas negras, periféricas e com deficiência também”, revela a gerente.
Quebra de barreiras
De acordo com a unidade Empreendedorismo Feminino, Diversidade e Inclusão do Sebrae, o acesso ao crédito desburocratizado ainda é o maior desafio a ser vencido. Muitos empreendedores enfrentam dificuldades em acessar o crédito devido a informalidade ou a falta de garantias financeiras.
Uma das prioridades da unidade será a ampliação da capacitação contextualizada. As formações devem ser adaptadas às realidades culturais e econômicas do público, com uso de metodologias acessíveis e infraestrutura digital permanente.
“É necessário um alinhamento maior entre os diferentes níveis de governo – federal, estadual, municipal – para criar um ambiente mais favorável ao desenvolvimento desses empreendimentos. Essas pessoas não podem mais ser invisibilizadas, nem sub-representadas”, avalia Geórgia.
Fonte: SEBRAE
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