Os caminhos de uma transição justa e inclusiva rumo à nova economia verde deve dar atenção à qualificação e à capacitação dos trabalhadores. Com essa perspectiva foi realizado, em Brasília (DF), na sede do Sebrae Nacional, o Summit Empregos e Habilidades do Futuro para uma Economia de Baixo Carbono. O encontro, que aconteceu nessa terça-feira (14), foi organizado em parceria com a iniciativa global Sustainable Business COP (SB COP). No Brasil, o grupo é liderado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Responsáveis por mais de 80% da criação de empregos, os pequenos negócios são considerados fundamentais na implementação da agenda de baixo carbono no Brasil.
Os pequenos negócios não podem ficar de fora dessa discussão. Em boa parte, são os que mais sofrem com os problemas, por possuírem menos meios para superar e mitigar os efeitos climáticos, como também são grandes portadores das soluções.
Bruno Quick, diretor-técnico do Sebrae
Além da participação de representantes do setor público, privado e da sociedade civil, o evento também contou com a participação de Alice Amorim Vogas, diretora de programa da Direção Executiva da presidência da COP30, e de Dan Ioschpe, Campeão Climático de Alto Nível da COP 30. A função de Campeão de Alto Nível do Clima foi estabelecida na COP21, em 2015, e busca, entre as atribuições, conectar iniciativas voluntárias de atores econômicos aos esforços dos governos nacionais, apoiando o cumprimento dos objetivos do Acordo de Paris.

De acordo com Alice, a transição já está acontecendo e precisa avançar em outras direções. “Se a transição vai ser justa ou não, depende muito do esforço de todos nós. Enquanto presidência da COP no Brasil, estamos convocando uma discussão de modelos de desenvolvimento que tratam a descarbonização e construção de resiliência com qualidade. Não estamos mais no momento de falar de adaptação e mitigação”, enfatizou.
Por sua vez, Ioschpe reforçou que a transformação para uma economia de baixo carbono não tem mais volta. “É um tema extremamente competitivo que está inserido na dinâmica dos mercados e que vai ocorrer em uma velocidade que vai nos surpreender”, pontuou.
A programação do Summit incluiu ainda a realização do painel “Do Global para o Local”, com discussões sobre tendências internacionais e nacionais em empregos e habilidades verdes, com a participação da diretora executiva da GIZ, Ingrid-Gabriela Hoven. e da copresidente do grupo de trabalho de habilidades verdes na SB COP, Liesbet Steer. As duas apresentaram exemplos de iniciativas globais que têm trazido a temática para o centro do debate.
A CEO da Systemiq para a América Latina, Patrícia Ellen, conduziu o painel. Ela defendeu que os investimentos em capital humano são a única forma de garantir agregação de valor na economia, sobretudo de países emergentes como o Brasil.
“Capital humano tem CEP e precisamos saber onde estão essas oportunidades por estado, por região, além das necessidades dessa população. Saber também onde as pessoas estão preparadas e onde existem desafios e oportunidades para preparar e complementar a população”, explicou.

O segundo painel “Debate: Desafios Relacionados a Habilidades e Empregos Verdes” foi moderado pelo gerente da unidade de Gestão de Soluções do Sebrae Nacional, Eduardo Curado. Ele destacou a relevância da discussão não apenas do ponto de vista de oportunidades de negócios na economia verde, como também da importância da capacitação dos empreendedores em habilidades verdes.
A velocidade que as oportunidades vão surgindo não está sendo acompanhada pela nossa capacidade de levar o conhecimento dessas habilidades para as pessoas.
Eduardo Curado, gerente da unidade de Gestão de Soluções do Sebrae
O bate-papo contou com a presença de Ricardo Henriques, superintendente executivo do Instituto Unibanco; Carolina Grottera, diretora de programa do Ministério da Fazenda; Pedro Hartung, CEO do Instituto Alana; Marilza Regattlere representante da superintendência de Educação Profissional e Superior do Senai e Thaís Ferraz, diretora do Instituto Clima e Sociedade.
Fonte: SEBRAE
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