Por Thais Loiola 

CRCPI

O último dia do XIII Encontro Nacional da Mulher Contabilista foi iniciado com um tema que vem sendo discutido com ênfase pela classe contábil. “As novas diretrizes curriculares do curso de Ciências Contábeis e os desafios desta implementação” foi o tema do painel que movimentou a manhã desta sexta-feira (22), no Centro de Convenções Vasco Vasquez, localizado em Manaus/AM. 

Moderado pelo vice-presidente de Desenvolvimento Profissional do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), José Donizete Valentina, o painel contou com as presenças da presidente da Abracicon e do CILEA e coordenadora da Comissão de Educação Contábil, Maria Clara Bugarim; do presidente da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação, Alysson Massote; do diretor-presidente e fundador da FUCAPE, Valcemiro Costa; da presidente do Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina (CRCSC), Marisa Schvabe; e da assessora educacional do Conselho Federal de Farmácia (CFF), Zilamar Costa. 

Alysson Massote falou sobre os benefícios das revisões das diretrizes curriculares para os profissionais e para a sociedade. Segundo ele, um profissional que faz um ensino superior de excelência será um profissional atento às necessidades do mundo atual. 

Para Maria Clara Bugarim, a regulamentação da profissão contábil era uma necessidade porque o currículo era rígido, inflexível e não considerava as especificidades regionais. “Entendemos que a formação profissional não deve se ater aos conteúdos, mas, sim, promover o desenvolvimento das competências e habilidades dos futuros profissionais”, destacou. 

O trabalho vem sendo desenvolvido desde setembro de 2021 e já está na fase 2: a implantação dos currículos. “A fase 1 esteve relacionada à apresentação da proposta de mudança das diretrizes e da aprovação. Agora já estamos trabalhando na implementação dessas diretrizes”, informou o vice-presidente de Desenvolvimento Profissional do CFC, José Donizete. 

De acordo com a presidente do CRCSC, Marisa Schvabe, que também é professora, são mais de 1.100 Instituições de Ensino Superior (IES) que ofertam o curso de Ciências Contábeis e é junto a estas IES que o trabalho vai ocorrer. “É dessas IES que o resultado terá que sair. É lá onde faremos isso acontecer”, disse. 

Para Valcemiro Costa, está evidente que os cursos de Ciências Contábeis não estão conseguindo formar alunos com excelência. “Falta ações que incentivem o aluno a estudar mais. Por isso, considero que as novas diretrizes no currículo são importantes sim”, enfatizou.

O painel foi encerrado com a participação de Zilamar Costa, segundo ela, a qualidade dos cursos está totalmente ligada ao cumprimento das diretrizes curriculares. “Se não houver este cumprimento, não teremos sucesso. Também é importante que saibamos que as diretrizes são normas que as IES devem usar como referência e adaptando-as às suas realidades. Mas, apesar de segui-las, é necessário que as instituições de ensino superior mantenham sua autonomia”, pontuou Zilamar. 

A alteração nas diretrizes dos cursos de Ciências Contábeis conta com o envolvimento e a colaboração do CFC, das Academias Nacional e Estaduais de Ciências Contábeis, dos Conselhos Regionais de Contabilidade (CRCs), de professores e de Instituições de Ensino Superior (IES) da área contábil de todo o país.

Fonte: CFC
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