Os dados revelados na pesquisa inédita “Perfil do Fraudador no Brasil”, feita pela KPMG, comprova que existe uma grande probabilidade de que o cenário de recessão e a pandemia de COVID-19 impactaram negativamente o mercado corporativo e impediram que os objetivos traçados fossem conquistados.
Elas se configuram como uma das maiores motivações (38%) do cometimento de fraudes dentro das empresas brasileiras. Além disso, a pesquisa também mostrou que, fora a questão das metas, omitir erros (31%) e obter ganho pessoal (27%) também tem servido de motivação para essa ocorrência.
Outro insight interessante diz respeito aos tipos de fraudes corporativas mais comuns no país: furto ou roubo de ativos (52%), adulteração de documentos (49%), vazamento ou violação de dados (24%) e pagamento de propina ou suborno (23%).
Na maioria das empresas pesquisadas (88%), as áreas de compliance e auditoria tem sido as responsáveis pela identificação destes crimes. Esse movimento tem fortalecido a cultura de ética e compliance dentro das organizações, e ajudado na redução do cometimento de fraudes.
Diante desse cenário, dá para perceber duas tendências acontecendo no mundo corporativo: o aumento da adoção de soluções tecnológicas com o objetivo de barrar ações fraudulentas, já que por meio dessas ferramentas digitais é possível fazer isso em questão de segundos; e a ascensão do Chief Financial Officer (CFO) como um aliado neste combate.
Tradicionalmente, as principais atribuições do líder financeiro são planejar e gerenciar as estratégias financeiras da empresa. Além disso, ele é responsável por todas as decisões de investimento que podem representar ganhos ou riscos para ela.
Dentre suas atribuições, o diretor financeiro também deve ser capaz de exercer análises críticas sobre o ambiente empresarial a longo prazo, para que consiga, justamente, desenvolver as estratégias que mais se adequam ao cenário econômico. Sendo assim, enquanto as equipes trabalham para interpretar e colocar em prática os indicadores, o CFO precisa analisar o setor como um todo e tomar decisões mais assertivas.
Além dos papéis comentados anteriormente, ele também possui obrigações que vão além do âmbito das finanças e contabilidade. Com o tempo, as funções atribuídas ao CFO foram se modificando de acordo com a demanda do mercado e da própria dinâmica interna das empresas. Nos últimos anos, evoluiu de uma maneira tão significativa que acabou incluindo um olhar mais atento ao ambiente interno também.
Atualmente, esse cargo deve ser ocupado por profissionais que tenham um olhar amplo da corporação, envolvendo várias áreas, tais como: recursos humanos, orçamentária, jurídico, TI, logística, entre tantas outras. Isso porque, atualmente, ele tem sido responsável pela prevenção, detecção e investigação de fraudes.
Por isso, acredito cada vez mais que o movimento atual é de fortalecimento do uso dos canais de denúncias, monitoramento dos riscos, além de apuração de fraudes e desvios de conduta. E aquele que não se atentar, pode ter prejuízos financeiros. Então, valorize esse profissional e promova cursos de capacitação para que ele esteja atento ao que há de mais moderno no que se refere às soluções antifraudes.
*Thiago Campaz, é CEO e co-fundador do VExpenses. Trabalhou por 6 anos assessorando grandes empresas do agronegócio na otimização de suas estruturas de capital, em processos de estruturação de dívida, acesso a mercado de capitais e fusões. Participou da captação de mais de R$ 1bi em financiamentos.
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Fonte: Jornal Contábil
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