Ser um empreendedor não é tarefa fácil e nem é para qualquer um. Lidar com os problemas de logística, administração e contabilidade de uma empresa requer talento. Nesse sentido, a contabilidade tem se mostrado cada vez mais importante.
Afinal, para tomar qualquer tipo de decisão é preciso conhecer o balanço patrimonial da empresa. Na leitura a seguir, vamos das informações que confirmam a importância deste demonstrativo.
O que é o balanço patrimonial?
Essa demonstração faz parte de uma série de relatórios contábeis que são obrigatórios no final de cada ano, também chamado de exercício. Esse período corresponde aos 12 meses do ano civil, de 1 de janeiro até 31 de dezembro, isso é, os valores e as mutações que o patrimônio sofre são apresentadas no balanço patrimonial.
A contabilidade precisa controlar o patrimônio do empreendimento. A forma utilizada para que este patrimônio seja visualizado pelos usuários é transformar todos os dados em informações e, é no balanço patrimonial que são relatados os bens, direitos e as obrigações da empresa em forma de contas contábeis.
A estrutura desse relatório é baseada em três pontos: o ativo, o passivo e o patrimônio líquido. Lembrando que ainda que eles são desdobráveis em circulante e não circulante. Veja:
- ativo: é definido como os bens e direitos, exemplo: imobilizado, caixa;
- passivo: é definido pelas obrigações, exemplo: fornecedores a pagar, empréstimos;
- ativo circulante: é todo bem e direito que pode ser convertidos em dinheiro dentro de 12 meses, como exemplos: duplicatas a receber, estoques;
- ativo não circulante: valor que poderá ser convertido em dinheiro após o prazo de 12 meses, ou seja, bens com uma maior durabilidade;
- passivo circulante: são as dívidas com terceiros que devem ser pagas dentro de 12 meses;
- passivo não circulante: são as obrigações que permaneceram por mais tempo junto a empresa, ou seja, além de 12 meses;
- patrimônio líquido: é o valor contábil pertencente aos acionistas ou sócios da companhia. Neste grupo é demonstrado o capital injetado acrescido dos lucros obtidos na operação.
Qual a importância do balanço patrimonial?
Entre os benefícios da análise do balanço patrimonial pode-se destacar a “saúde financeira da empresa”, uma vez que, o balanço relata como está o patrimônio.
Dessa forma, quando o profissional contábil expõe as informações contidas no balanço ele conseguirá mostrar aos gestores se o patrimônio empresarial corre risco, se a empresa deve mais do que possui, entre outros dados.
Outro destaque e um dos pontos de grande relevância é a possibilidade de disponibilizar os indicadores financeiros através dos números fornecidos no balanço patrimonial, ferramentas essenciais para o controle e planejamento.
Entre esses indicadores estão: liquidez corrente; liquidez seca; liquidez imediata; liquidez geral; rotação de estoque; margem líquida; retorno do ativo; retorno sobre investimento, entre outros.
Além disso, o balanço patrimonial é imprescindível para os usuários externos analisarem o real valor do negócio. Contudo, é importante estar atento a alguns fatores, pois o que é representado como patrimônio líquido muitas vezes não traz o valor de mercado, mas sim o valor contábil do empreendimento.
Como fazer o balanço patrimonial?
Criar o balanço patrimonial do próprio negócio realmente não é uma tarefa muito fácil, mas veja os passos principais para montar seu balanço patrimonial:
1 – Determine um período
Como você já sabe, o balanço patrimonial mostra a situação financeira da empresa dentro de um período específico, então o primeiro passo é determinar a data do relatório.
Geralmente, o balanço patrimonial é sempre elaborado a cada 12 meses. Porém, isso não impede que seja feito a cada três meses, como é o caso das empresas de capital aberto.
2 – Pontue seus ativos
Com a data definida você precisa considerar e contabilizar todos seus ativos dentro desse período.
Para facilitar a análise, considere listar os ativos como individuais e ativos totais. Quando os ativos são divididos em diferentes itens de linha fica muito mais complexo de entender o relatório.
Lembre-se, os ativos são divididos em dois grupos:
- Ativos circulantes:
- caixa e equivalentes de caixa;
- contas a receber;
- títulos negociáveis de curto prazo;
- outros.
- Ativos não circulantes:
- títulos negociáveis de longo prazo;
- ativos intangíveis;
- propriedade;
- outros.
3 – Pontue seus passivos
Identifique quais são as obrigações da empresa com terceiros, que assim como os ativos, são divididos em dois grupos:
- Passivos circulantes
- aluguel;
- pagamentos de juros;
- despesas acumuladas;
- outros.
- Passivos não circulantes:
- empréstimos de longo prazo;
- impostos de renda diferidos;
- dívidas de longo prazo
- outros.
4 – Faça o cálculo do patrimônio líquido
Nesta etapa você precisa listar as contas que apontam o valor contábil da sua empresa. Para ser mais simples considere, por exemplo, capital social, lucros acumulados, fluxo de caixa, entre outros.
Caso a empresa seja de propriedade privada, sendo de um único proprietário, será mais simples calcular o patrimônio líquido. Agora, se estamos falando de uma empresa de capital aberto, esse cálculo poderá ficar mais complicado.
Veja alguns exemplos de patrimônio líquido abaixo:
- capital social;
- reservas de capital;
- reservas de lucros;
- ações em tesouraria;
- outros.
5 – Compare o total do passivo e do patrimônio líquido com os ativos
Com a equação do balanço patrimonial é esperado um equilíbrio entre os ativos e o montante de passivos.
Para isso, o relatório é montado da seguinte forma:
Lado esquerdo = Ativos
Lado direito = Passivos e o Patrimônio Líquido
Os valores são sempre agrupados em contas e a sua ordem é determinada pela situação de liquidez, pois dessa forma fica mais fácil analisar o relatório.
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Fonte: Jornal Contábil
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