Há dez anos, só os mais fanáticos em tecnologia conheciam, ou pelo menos já tinham ouvido falar, sobre o conceito de blockchain.
Nos próximos dez anos, contudo, só aqueles que vivem desconectados da realidade não irão conhecer todos os detalhes dessa solução.
Mesmo presente em um setor que convive com constante transformação há três décadas, o avanço desse modelo de transferência de informações nos últimos anos surpreende até mesmo os profissionais da área.
Hoje, qualquer relação de troca, seja ela financeira, de conteúdo ou de produtos e serviços, utiliza essa “corrente de blocos”.
Saber utilizá-la no dia a dia é o desafio que emerge para as empresas nos próximos anos.
O relatório Distrito Blockchain e Criptomoedas, publicado em 2020, traz um panorama do setor e mostra como o universo cripto ainda tem muito a crescer no Brasil.
O estudo mostra que oito em cada dez startups que lidam com a tecnologia foram fundadas há menos de cinco anos – ou seja, ainda têm muito a explorar para se consolidarem no mercado nacional.
Além disso, ainda há um gap de investimentos.
De 2013 para cá, foram investidos cerca de US$ 6,6 milhões em tecnologia blockchain no país.
O número é bem inferior se comparado ao restante do mundo: US$ 8,9 bilhões apenas nos últimos cinco anos.
Essa tecnologia demorou para estourar justamente pelo receio e certo preconceito que despertava nas pessoas e empresas.
Afinal, sua trajetória por muitas vezes se misturou com a do bitcoin, a moeda digital que causou polêmica no sistema financeiro global por ser totalmente descentralizada.
Mas é justamente essa capacidade, permitida pelo blockchain, que se tornou a principal vantagem para transacionar qualquer tipo de dado digital.
Ao ser dividida em blocos (cada um deles com um código matemático de proteção) e distribuída pela internet (com validação em diferentes máquinas espalhadas pelo mundo), é quase impossível decodificar e roubar aquela informação.
Assim, o que antes era visto como dor de cabeça, passou a ser a principal funcionalidade para os negócios do futuro.
O blockchain permite que os dados trafeguem digitalmente com segurança, transparência, rapidez e rastreabilidade, uma vez que cada bloco possui um código específico e permanente.
É ideal para movimentações financeiras na internet, compras realizadas em e-commerce e criação de campanhas de marketing digital com a proteção dos dados utilizados.
Com uma plataforma nessa tecnologia, é possível combinar marketing com meios de pagamento e gestão do negócio, garantindo a melhor experiência ao cliente e maior eficiência operacional.
Quando se pensa na pergunta que está no título deste texto, fica claro que o blockchain ainda tem um longo caminho a percorrer.
O próximo obstáculo a ser superado é justamente o mais importante.
Até agora, ele ainda parece algo distante para o usuário comum, como se fosse mais uma teoria do que uma prática.
A expansão só vai ser possível quando existirem projetos desse tipo inseridos na rotina das pessoas, resolvendo problemas comuns a uma grande parcela da população.
Em suma: quando fizer parte da “economia real”, presente na compra efetuada na padaria da esquina, e trouxer benefícios realmente tangíveis a todos.
Não é tarefa fácil, evidentemente, mas começa a ganhar corpo graças ao trabalho de startups inovadoras e à adesão de grandes redes do varejo a essa proposta.
As moedas digitais e os utility tokens já começam a aparecer, sendo possível trocá-los por produtos e serviços das marcas que os utilizam.
A expectativa é de que, nos próximos anos, ela possa ser um substituto até mesmo dos cartões e das cédulas no momento do pagamento.
Blockchain, portanto, já é realidade.
Cabe a nós, a partir de agora, aproveitarmos todas as vantagens que o recurso tem a oferecer.
Por Cássio Rosas, Head de Marketing e Estratégia da WiBX, utility token que promove um programa de fidelização entre varejistas e consumidores por meio de moedas digitais.
Sobre a WiBX
Criada pela startup Wiboo, a WiBX é um utility token de usabilidade em massa que promove um programa de fidelização entre varejistas e consumidores por meio das moedas digitais.
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Fonte: Jornal Contábil
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