Você já suou frio só de pensar em uma entrevista de emprego? Pois é… muita gente também. Mas a verdade é que, por mais que cada processo seletivo tenha suas particularidades, existem perguntas que o RH sempre vai fazer. E o mais curioso? Elas dizem muito mais sobre você do que parece — mas também exigem preparo, sinceridade e um toque de estratégia.

Em um levantamento recente feito pela Forbes Brasil, especialistas em recrutamento, como os headhunters da Egon Zehnder, Michael Page, Korn Ferry e Robert Half, revelaram quais são as perguntas mais frequentes nas entrevistas — e deram dicas certeiras para se destacar.

Mas afinal, o que o recrutador realmente quer saber?

A primeira coisa que você precisa entender é que não basta ter um currículo impecável. O que o recrutador quer mesmo é entender quem você é, como você lida com desafios, e se realmente tem clareza sobre seu papel profissional.

É por isso que perguntas como “Por que você saiu do último emprego?” ou “Quais foram suas maiores conquistas?” são quase obrigatórias. Mas não adianta responder de forma genérica. Os headhunters querem ouvir histórias reais, com começo, meio e fim — e, de preferência, com impacto mensurável.

“Não quero ouvir só que participou do time que comprou uma empresa. Quero saber qual foi exatamente o papel do candidato nessa operação”, reforça Ângela Pegas, da Egon Zehnder.

Mas não é só sobre resultados na hora de conseguir um emprego

Também é sobre autoconhecimento. Perguntas como “Quais são seus pontos fortes e fracos?” ou “O que te move?” são oportunidades para mostrar que você se conhece, sabe onde pode melhorar e tem clareza sobre o que quer da sua carreira.

Vanessa Simões, especialista em recrutamento de lideranças, é direta: “Quem reconhece seus erros e aprende com eles demonstra maturidade”. E, no fim das contas, é isso que as empresas querem — gente com potencial de crescer junto.

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Mas e se eu não tiver todas as respostas prontas na entrevista de emprego?

Tudo bem. O que os recrutadores valorizam é autenticidade e consistência. Não precisa ter uma resposta perfeita, mas precisa fazer sentido com sua trajetória. “O discurso precisa bater com o que está no currículo, no LinkedIn e no que os contatos do candidato vão dizer”, lembra Ivan Farber, também da Egon Zehnder.

Então, se você está em busca de uma nova vaga, prepare-se para responder a perguntas como:

  1. Por que você saiu do seu último emprego?
  2. Quais foram suas maiores conquistas profissionais?
  3. Como você lidou com um grande desafio?
  4. Você já liderou alguma equipe ou projeto?
  5. O que te motiva?
  6. Onde você se vê daqui a 1, 5 ou 10 anos?
  7. Quem é você como profissional?
  8. Quais são seus pontos fortes? E os fracos?
  9. Que competências você já aplicou?
  10. O que espera do cargo, do salário e do modelo de trabalho?

Só saber responder é suficiente?

Não. Você precisa se preparar bem antes da entrevista. Estude sobre a empresa, entenda a cultura, pesquise o segmento e chegue com perguntas inteligentes. Segundo Nicolas Villarroel, da Korn Ferry, isso mostra interesse real — e pode ser o diferencial entre você e o próximo candidato.

E tem mais: cuidado com a comunicação. Clareza, objetividade e empatia são fundamentais. Lucas Oggiam, da Michael Page, alerta que adaptar a forma de falar ao estilo do entrevistador também faz diferença. Afinal, uma boa ideia mal explicada… vira má impressão.

A resposta pode parecer simples, mas exige dedicação: conte boas histórias, com dados e aprendizados reais. Mostre que você sabe quem é, o que quer e como pode contribuir. E acima de tudo, mostre que está preparado para aprender, evoluir e crescer.

Porque no fim das contas, o RH pode mudar o script, usar termos diferentes e até te surpreender com perguntas inesperadas. Mas uma coisa é certa: ele sempre vai querer saber quem você é de verdade.

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Contabilidade em SBC é com a Dinelly. Fonte da matéria: Jornal Contábil