A estatística é uma disciplina fundamental para estudantes de contabilidade, pois fornece ferramentas e técnicas essenciais para coletar, analisar e interpretar dados financeiros e contábeis.
Confira agora, algumas das principais áreas da estatística que são relevantes para estudantes de contabilidade.
Estatística Descritiva
A estatística descritiva é o ramo da estatística que se preocupa com a organização, apresentação e descrição de dados.
A estatística descritiva fornece ferramentas e técnicas para descrever as características dos dados, como tendência central, dispersão, assimetria, curtose e distribuição.
A tendência central descreve o valor típico dos dados, como a média, mediana e moda. A média é a soma de todos os valores dividida pelo número de observações.
A mediana é o valor que separa a metade superior dos dados da metade inferior. A moda é o valor que ocorre com mais frequência nos dados.
A dispersão descreve a variação dos dados em relação à tendência central. A variação pode ser medida usando a amplitude, desvio padrão, intervalo interquartil ou coeficiente de variação.
A assimetria descreve a forma da distribuição dos dados em relação à tendência central. Uma distribuição simétrica tem uma forma de sino, enquanto uma distribuição assimétrica tem uma cauda que se estende mais em uma direção.
A curtose descreve a forma da distribuição dos dados em relação à tendência central e achatamento da curva.
Uma distribuição leptocúrtica é mais pontuda do que uma distribuição normal, enquanto uma distribuição platicúrtica é mais achatada.
A distribuição descreve como os dados são distribuídos em relação à tendência central. A distribuição normal é a mais comum na natureza e tem uma forma de sino.
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Probabilidade
Probabilidade é a medida da chance de que um evento ocorra. Na estatística, a probabilidade é usada para modelar incertezas e riscos em dados e informações.
A probabilidade é expressa como um número entre 0 e 1, onde 0 significa que o evento é impossível e 1 significa que o evento é certo.
Por exemplo, a probabilidade de lançar uma moeda justa e obter “cara” é de 0,5, pois existem dois resultados possíveis (cara ou coroa) e apenas um deles é desejado.
Na estatística, a probabilidade é usada para avaliar riscos e incertezas em dados e informações, como no cálculo de probabilidade de perda financeira ou em análises de risco de mercado.
Ela também é usada para desenvolver modelos estatísticos, como modelos de regressão e de séries temporais, que ajudam a prever comportamentos e resultados futuros.
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Estatística Inferencial
A estatística inferencial é o ramo da estatística que se preocupa com a análise de dados para fazer inferências sobre uma população com base em uma amostra.
Ela é usada para estimar parâmetros desconhecidos da população, testar hipóteses sobre esses parâmetros e tomar decisões com base nas conclusões obtidas.
Na Estatística Inferencial, a amostra é uma pequena parte dos dados da população que é coletada e analisada para obter informações sobre a população como um todo.
A partir da análise da amostra, é possível inferir informações sobre as características da população, tais como média, variância e proporção.
Para fazer inferências estatísticas, são usadas técnicas como a estimação de intervalos de confiança e os testes de hipóteses.
A estimação de intervalos de confiança é usada para estimar a faixa de valores prováveis para um parâmetro desconhecido da população, com um nível de confiança estatística específico.
Os testes de hipóteses são usados para avaliar a probabilidade de uma afirmação ser verdadeira, com base em dados da amostra.
A Estatística Inferencial é usada em muitos campos, incluindo finanças, marketing, engenharia, medicina e ciências sociais.
Por exemplo, na área médica, a Estatística Inferencial é usada para avaliar a eficácia de tratamentos médicos, analisar dados de ensaios clínicos e avaliar a segurança de medicamentos.
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Regressão e Análise de Séries Temporais
A regressão é uma técnica usada para modelar a relação entre uma variável dependente e uma ou mais variáveis independentes.
É usada para prever o valor de uma variável dependente a partir do valor de uma ou mais variáveis independentes.
A regressão pode ser usada para modelar dados sequenciais ao longo do tempo, como prever a demanda de um produto com base em fatores como preço, publicidade, condições econômicas, entre outros.
A análise de séries temporais é uma técnica usada para modelar e prever dados sequenciais ao longo do tempo.
É usada para estudar a evolução de um processo ao longo do tempo e para prever valores futuros com base em padrões e tendências passadas.
A análise de séries temporais é amplamente usada em previsão de demanda, análise financeira e econômica, previsão meteorológica, entre outros.
As técnicas de regressão e análise de séries temporais são frequentemente usadas juntas para modelar dados sequenciais e prever valores futuros.
Por exemplo, pode-se usar uma regressão para modelar a relação entre as variáveis independentes e dependentes e, em seguida, usar a análise de séries temporais para prever valores futuros com base em padrões passados.
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Análise de Variância
A Análise de Variância (ANOVA) é uma técnica estatística usada para comparar a média de três ou mais grupos de dados.
A ANOVA é usada para determinar se há diferenças significativas entre as médias dos grupos e, em caso afirmativo, qual grupo ou grupos diferem significativamente dos outros.
A ANOVA é composta por vários testes estatísticos, incluindo o teste F. O teste F é usado para comparar a variabilidade entre os grupos com a variabilidade dentro dos grupos.
Se a variabilidade entre os grupos for significativamente maior do que a variabilidade dentro dos grupos, isso indica que há diferenças significativas entre as médias dos grupos.
A ANOVA pode ser usada em diferentes tipos de experimentos, incluindo experimentos de um fator, experimentos de dois fatores e experimentos de medidas repetidas.
A ANOVA também pode ser usada para testar a hipótese de que a média de um grupo é igual a uma média teórica ou padrão.
Os resultados da ANOVA são apresentados em uma tabela ANOVA, que resume as fontes de variação, as somas de quadrados, os graus de liberdade, as médias de quadrados e os valores de F.
A partir da tabela ANOVA, pode-se determinar se há diferenças significativas entre as médias dos grupos e quais grupos diferem significativamente dos outros.
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Fonte: Jornal Contábil
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