O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) recuou para R$ 5,77 trilhões em janeiro, uma variação de R$ 182,7 bilhões (3,07%) em relação a dezembro de 2022, quando o montante foi de R$ 5,95 trilhões. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) teve seu estoque reduzido em 2,88%, passando de R$ 5,69 trilhões para R$ 5,53 trilhões. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe), por sua vez, sofreu redução de 7,32% sobre o estoque apurado em dezembro e encerrou janeiro em R$ 233,98 bilhões (US$ 45,89 bilhões). As informações constam do Relatório Mensal da Dívida referente a janeiro produzido pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e divulgado nesta terça-feira (28/2) em entrevista coletiva realizada na sede do Ministério da Fazenda, em Brasília.
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O documento destaca que o mercado externo demonstrou aumento do apetite por risco. Nos Estados Unidos, o cenário foi de arrefecimento da inflação e da atividade. A percepção de riscos de países emergente apresentou queda. “Foi um mês positivo no mercado externo”, disse o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública da STN, Luis Felipe Vital. “Um cenário externo benigno”, acrescentou. No Brasil, a curva de juros ganhou nível e inclinação em janeiro, “com investidores atentos ao noticiário sobre política econômica”, registra o relatório.
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Emissões e resgates
Em janeiro, as emissões da DPF somaram R$ 84,56 bilhões e os resgates, R$ 315,30 bilhões. Nas emissões da DPMFi predominaram os títulos flutuantes (R$ 36,24 bilhões), com os prefixados (R$ 31,00 bilhões) e índice de preços (R$ 17,19 bilhões) na sequência. Nos resgates, os destaques foram os vencimentos de LTN (R$ 146,34 bilhões) e NTN-F (R$ 146,98 bilhões. O resgate líquido da DPF em janeiro foi de R$ 230,74 bilhões, o maior da série histórica.
As Instituições Financeiras seguem como os principais detentores, com 27,3% de participação, seguidas por Fundos (24,4%) e Previdência (23,6%). Em janeiro de 2023, o estoque de Não Residentes aumentou em R$ 8,1 bilhões e o de Instituições Financeiras diminuiu em R$ 148,0 bilhões no mês.
Custo médio
O custo médio do estoque da DPF acumulado em 12 meses teve aumento de 10,21%, em dezembro, para 10,50% ao ano, em janeiro. O custo médio do estoque da DPMFi acumulado em 12 meses aumentou para 11,00% ao ano em janeiro. Por sua vez, o custo médio do estoque da DPFe acumulado em 12 meses aumentou de -2,11%, em dezembro, para -0,25% ao ano, em janeiro. O custo médio das emissões em oferta pública da DPMFi acumulado em 12 meses foi de 12,23% ao ano.
A reserva de liquidez (colchão) apresentou redução, em termos nominais (sem considerar a inflação), de 18,92%, passando de R$ 1,17 trilhão, em dezembro, para R$ 953,39 bilhões, em janeiro. Em relação a janeiro de 2022, quando a reserva era de R$ 1,13 trilhão, ocorreu uma queda, em termos nominais, de 15,81%. O índice de liquidez corresponde a 7,62 meses em janeiro. “É um nível bastante acima do prudencial”, salientou Luis Felipe Vital. “Está acima do que consideramos o mínimo necessário para o colchão da dívida”, reforçou.
Tesouro Direto
O Tesouro Direto contabilizou vendas R$ 4,37 bilhões e resgates de R$ 4,82 bilhões em janeiro. “Foi a segunda maior venda da série histórica”, destacou Luis Felipe Vital. O resgate líquido atingiu R$ 450 milhões em janeiro. O título mais demandado foi o Tesouro Selic (64,08%). O estoque alcançou R$ 105,67 bilhões, um aumento de 0,54% em relação a dezembro. Os títulos indexados à inflação representaram 51,85% do estoque.
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As operações até R$ 5 mil responderam por 79,93% das compras do Tesouro Direto, que teve 540.601 novos investidores cadastrados em janeiro, o que elevou o número total de investidores a 23,02 milhões. Isso representa um aumento de 35,92% nos últimos 12 meses. O total de investidores ativos chegou a 2,10 milhões no mês (variação de 14,75% nos últimos 12 meses.
Fonte: Ministério da Fazenda
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