Bolsonaro

Milton Ribeiro foi indicado para Ministro da Educação pelo presidente Jair Bolsonaro em 2019.

Antes de sua nomeação, Ribeiro atuou como Diretor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo. Nessa função, ele supervisionou o orçamento do instituto e foi responsável por seus programas educacionais.

Ribeiro tem uma longa história na educação. É bacharel em economia pela Universidade de São Paulo e mestre em contabilidade e finanças pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Ele também tem doutorado em administração de empresas pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.

Ribeiro é um educador e administrador experiente. Ele lecionou nos níveis secundário e superior, e ocupou vários cargos de liderança no sistema educacional do Brasil. Como Ministro da Educação, Ribeiro é responsável por supervisionar todos os aspectos do sistema educacional brasileiro, incluindo o ensino fundamental, médio e superior.

Ribeiro é membro do Partido Social Liberal (PSL), que é um partido político de direita no Brasil.

Escândalo do Ministro revelado pelo Jornal Estadão

O escândalo veio a público depois de uma reportagem do jornal Estado de S. Paulo, em março, que apontou a existência de um “gabinete paralelo” dentro MEC.

O grupo era composto por pastores que controlavam a agenda do Ministério e até a destinação dos recursos públicos da pasta, em reuniões fechadas.

No dia 22 de junho, o ex-ministro da Educação foi efetivamente alvo de buscas na operação Acesso Pago, deflagrada pela PF para investigar o escândalo. Ele e mais quatro pessoas – entre eles, os pastores Gilmar Santos e o Arilton Moura, suspeitos de participação no esquema – foram presos.

No mesmo dia, após a prisão, a esposa de Milton Ribeiro disse, em uma ligação, de que já havia rumores do alto que ele seria preso.

Todos foram soltos na quinta (23), por ordem do desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).

Ainda na quinta, horas após a ordem de soltura, o Ministério Público Federal pediu a investigação de Bolsonaro por suposta interferências nas apurações sobre o caso.

O juiz Renato Borelli – que autorizou a operação e as prisões – mandou a solicitação ao Supremo Tribunal Federal (STF).

O advogado da família Bolsonaro Frederick Wassef disse à jornalista Andréia Sadi que foi autorizado pelo presidente a dizer à imprensa que ele “não interferiu na PF” e que não tem “nada a ver com essas gravações”.

De olho na eleição, governo Bolsonaro tenta impedir CPI do MEC

A Justiça Federal acatou pedido MPF e enviou para o Supremo Tribunal Federal (STF) o caso dos pastores que comandavam um gabinete paralelo no Ministério da Educação (MEC). 

No pedido, o MPF apontou “indício de vazamento da operação policial e possível interferência ilícita por parte do Presidente da República Jair Messias Bolsonaro nas investigações”

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou nesta segunda-feira (27) para análise da Procuradoria Geral da República (PGR) um pedido apresentado pela oposição para que o presidente Jair Bolsonaro seja investigado no caso conhecido como escândalo do MEC.

O pedido foi apresentado ao STF pelo deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), e o envio à PGR é praxe nesse tipo de caso. Porque cabe ao Ministério Público analisar se há indícios para abrir uma investigação.

Após a prisão de Milton Ribeiro, ex-ministro da Educação, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou que faltam duas assinaturas para que seja instaurada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o que ocorreu no MEC. Enquanto isso, o presidente da Casa, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirma que espera a chegada do requerimento.

“Não vou me precipitar, vamos aguardar o requerimento”, afirmou ao portal G1 nesta segunda-feira (27). Segundo ele, ninguém do governo o procurou para atrasar a instalação da CPI.

No entanto, segundo a apuração do blog de Andrea Sadi, a base aliada de Jair Bolsonaro (PL) busca retirar assinaturas do pedido de abertura do inquérito. Os alvos principais seriam os senadores Giordano (MDB-SP) e Eduardo Braga (MDB-AM).

“Espero que os órgãos investiguem e apurem, sempre garantindo direitos constitucionais. E pode ter repercussão política: a Comissão de Educação pode se debruçar; a CPI, que vamos avaliar. Que tudo seja apurado”.

Se a CPI for aceita, pode levar a uma queda da popularidade do Presidente Bolsonaro na reta final das eleições.

Fonte: Jornal Contábil
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