Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O Banco Central (BC) divulgou sua expectativa de crescimento do PIB 2022 e a projeção é menor do que o esperado, 2,1%. O Ministério da Economia já havia anunciado 2,5%, mas a alta da inflação causada, principalmente, pelo preço da gasolina e da energia elétrica, impedem o crescimento sustentável.

Para este ano, a expectativa era de que o aumento do número de pessoas vacinadas e a retomada do setor de serviços e eventos fossem ser suficientes para alavancar a economia, mas o PIB (Produto Interno Bruto) também foi menor nesse trimestre.

O endividamento, também acompanhado pelo BC, foi maior em agosto e somou R$ 6,84 trilhões. Em julho esse número estava em R$ 6,79 trilhões. O relatório aponta que o endividamento foi causado pela necessidade do Governo de bancar programas emergenciais por conta da Pandemia.

O cálculo também considera o percentual da dívida em relação ao PIB e, neste comparativo, o endividamento foi menor em 0,4%, ficando em 82,7% do PIB. O equlíbrio em relação ao PIB é necessário para indicar se o País teria, ou não, condições de arcar com suas contas.

No entanto, o funcionamento da economia é cíclico e ainda conta com outros fatores, como a alta do Dólar e a Covid-19. Se os produtos estão mais caros, também, por conta da moeda americana supervalorizada, a inflação aumenta e o BC precisa elevar a taxa básica de juros para conter esse avanço. Sendo assim, é previsível que famílias percam a capacidade de pagar suas dívidas e parem de consumir, assim como as empresas, que precisam pegar empréstimos para se manter. Para remediar isso, o Governo precisa injetar recursos na economia e criar novos programas – daí o País também aumenta seu endividamento.

Perspectivas para 2021

A boa notícia é que, se em 2022 o País crescerá menos, no acumulado de 2021 o PIB poderá ser maior. O BC aumentou de 4,6% para 4,7% a expectativa de crescimento para este ano – desde que sejam adotadas medidas para conter a crise hídrica e as novas variantes do Coronavírus.

O relatório, no entanto, não cita o debate sobre a redução do ICMS para os Estados sobre o preço da gasolina, apontada pelo Governo como estratégia para conter a inflação ainda este ano. Muito menos responde às críticas sobre a disputa eleitoral do ano que vem. Desemprego em alta, quedas nas safras agrícolas e falta de insumos para a atividade industrial também preocupam os investidores.

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Fonte: Jornal Contábil
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