A exportação é um assunto muito em voga atualmente, principalmente pela série de benefícios que ela pode trazer a uma empresa que procura ampliar suas operações.
Contudo, começar a exportar exige conhecimento dos procedimentos e regras relativas à atividade.
Por isso, neste artigo iremos fazer um apanhado geral, linkando com outros artigos nossos já produzidos sobre o tema.
Assim, vamos responder às principais dúvidas daqueles que desejam exportar.
Confira a seguir!
O que é exportação?
Antes de tudo, é necessário explicar o que é exportação.
Tanto a importação, quanto a exportação são atividades relacionadas com a entrada e a saída de produtos, bens ou serviços de um país para outro.
Ambas podem envolver compra, venda e doações.
Especificamente, a atividade exportadora compreende a saída de mercadorias, bens ou serviços de um território para outro.
Esta saída pode ser a título oneroso ou gratuito, ou seja, decorrente de uma compra e venda ou doação.
Tipos de exportação
A exportação possui duas modalidades e conhecer ambas é fundamental para quem quer exportar.
São elas:
1. Exportação direta
A exportação direta é realizada pelo próprio fabricante do produto, que fatura diretamente em relação ao importador.
Ou seja, nesta modalidade não há intermediários.
Todo o processo, portanto, é de responsabilidade da empresa que está exportando o produto.
Por isso, esta deve ter total conhecimento dos procedimentos a serem seguidos desde a compra até o momento de exportar a mercadoria para outro país.
2. Exportação indireta
A exportação indireta ocorre quando é vendido um produto para uma empresa, ainda em território nacional, a qual adquire para exportá-lo.
Portanto, nesse tipo de exportação o fabricante não possui contato com o mercado destinatário de seus produtos.
A importância da atividade exportadora
A exportação possui diversas vantagens que abarcam tanto as empresas exportadoras, quanto a economia dos países envolvidos.
Para as empresas, a internacionalização colabora para competitividade e garante um futuro promissor.
Já para o país, no caso, o Brasil, a atividade exportadora contribui para a geração de renda e emprego, para a entrada das divisas necessárias ao equilíbrio das contas externas e para a promoção do desenvolvimento econômico.
Veja abaixo algumas dessas vantagens:
1. Aumento da produção
Com a exportação de produtos, a empresa vende mais, o que implica em um aumento da escala de produção.
Com o aumento da produção, a empresa poderá diminuir o custo de seus produtos, tornando-os mais competitivos, e aumentar sua margem de lucro.
Além disso, com o aumento da utilização de matérias primas, as chances de consegui-las a menores preços em negociações é maior.
2. Diminuição da carga tributária
Para incentivar as empresas a exportarem, o governo brasileiro oferece uma série de incentivos fiscais e regimes aduaneiros especiais.
Afinal, como dito anteriormente, as exportações também são fundamentais para a economia estatal.
Dentre os tributos que não incidem sobre a maioria das operações de exportação, podemos citar:
- ICMS (Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços);
- IOF (Imposto sobre Operações Financeiras);
- PIS (Programa de integração Social);
- COFINS (Contribuição para fins sociais);
- IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados);
- ISS (Imposto sobre serviços de qualquer natureza)
3. Redução da dependência do mercado interno
A partir do processo de internacionalização e com a consequente expansão e diversificação de mercado, a empresa fica menos suscetível às variações e crises do mercado interno, portanto, mais segura.
4. Melhoria da imagem da empresa
Carregar o nome de “empresa exportadora” agrega valor ao negócio.
Isso porque os mercados externos tendem a ser vistos como mais exigentes e, por isso, estar nele requer uma autoridade no assunto.
5. Modernização e aumento da capacidade inovadora
As empresas que exportam tendem a buscar novas tecnologias, sendo assim, mais inovadoras.
A inovação, fruto da necessidade de conquista do novo mercado, induz ao aumento no número de novos processos de fabricação.
Além disso, leva à adoção de programas de qualidade e ao desenvolvimento de novos produtos com maior frequência.
Além das citadas, ainda há outras vantagens de exportar, e essas crescem a cada dia mais.
Porém, para aproveitar essas oportunidades, é necessário conhecimento sobre o processo. Por isso, no tópico a seguir vamos tratar das principais etapas do processo de exportação.
Principais etapas da exportação
A exportação não é uma atividade simples. Ela compreende uma série de etapas e procedimentos fundamentais para o seu curso.
Sendo assim, a decisão de exportação deve levar em consideração este ponto.
Pensando nisso, separamos as principais etapas da exportação para te ajudar na escolha final.
1. Pesquisa e planejamento
Antes de mais nada, é importante avaliar a capacidade exportadora da empresa. Neste momento, é necessário julgar se, verdadeiramente, a empresa possui o necessário, como recursos e fatores de competitividade, para iniciar esta atividade.
Feito isso, ainda nesta etapa, se inicia a pesquisa de mercado, na qual a empresa deverá analisar para onde exportar, a concorrência, o preço internacional do produto, como seu bem será exportado, o canal de distribuição no local de destino e as adaptações e certificações que o produto precisará para poder entrar em outro território.
Com a escolha efetivada, é necessário se inteirar de forma extensiva sobre a legislação, tanto do país de origem, quanto de destino.
Assim, não haverá dúvidas e erros legais no decorrer do processo.
Ainda no tópico planejamento, um dos estágios mais importantes é a escolha do tipo de exportação que, como já citado, se divide em direta ou indireta.
Essa escolha impactará nos ganhos e nas responsabilidades da empresa no processo de exportação.
2. Negociação e Vendas
Após a etapa de pesquisa e planejamento, na qual há a avaliação dos recursos, mapeamento dos potenciais mercados e clientes e estudo da legislação, a empresa deverá conduzir uma série de negociações que envolverão temas como preço, meio de pagamento e distribuição de riscos e responsabilidades.
É neste momento de negociação e vendas que também haverá a emissão de diversos documentos, como Commercial Invoice e DU-E.
3. Envio da mercadoria
Esta etapa compreende o final do processo de exportação, na qual há o envio da mercadoria ao exterior.
Entretanto, ela não é menos importante que as outras, mas sim, é o momento mais delicado de todo o processo, já que a carga está sujeita a imprevistos e possíveis avarias.
Acompanhar a carga mesmo após a confirmação do embarque é crucial para assegurar que ela chegará ao seu destino final e dentro dos prazos estipulados.
Com todas essas etapas e procedimentos, a exportação pode se tornar um desafio para as empresas.
Mas como levantamos no texto a importância e os benefícios dessa atividade só crescem conforme os anos.
Por isso, se você está pensando em começar a exportar, busque sempre ampliar seu conhecimento e conte com empresas especializadas para te ajudar no processo, como a Mainô.
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Por: Maria Vitória Moura
Fonte: Maino
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Fonte: Jornal Contábil
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