Crescimento do indicador foi puxado pelo setor de Serviços (+4,1%), e, em menor medida, pela Indústria (+1,0%)
Em abril de 2023, o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs) mostra que a média do faturamento das pequenas e médias empresas (PMEs) brasileiras cresceu 1,9% em relação a abril de 2022. O índice, que encerrou o primeiro trimestre do ano com crescimento de 2,5% na comparação anual, inicia o segundo trimestre com sinais de desaceleração concentrado em alguns setores – sobretudo Comércio e Infraestrutura.
O IODE-PMEs funciona como um termômetro econômico das empresas com faturamento de até R$ 50 milhões anuais, consistindo no monitoramento de mais de 120 mil empresas divididas em 660 atividades econômicas que compõem quatro grandes setores: Comércio, Indústria, Infraestrutura e Serviços.
Segundo Felipe Beraldi, gerente de Indicadores e Estudos Econômicos da Omie, plataforma de gestão (ERP) na nuvem, o desempenho do indicador no último mês acompanha também o movimento de acomodação observado na confiança de consumidores, mesmo com o cenário de desinflação mais evidente no país no período recente. “O índice de confiança do consumidor da FGV (ICC-FGV) estagnou em abril (cedeu 0,2 pontos), sobretudo diante do aumento do pessimismo das famílias com renda mais baixa. Já o índice de confiança do empresário industrial (ICEI-CNI) mostra uma piora do sentimento com as condições atuais do setor em relação ao mês passado, sobretudo para a indústria de transformação”, diz o especialista.
Figura 1: IODE-PMEs (Número índice – base: média 2021=100)
Fonte: IODE-PMEs (Omie)
Nos setores monitorados, a movimentação financeira real média foi puxada, especialmente, pelos segmentos de Serviços (+4,1% ante abril de 2022) – ocasionado por ‘Atividades profissionais, científicas e técnicas, ‘Artes, cultura, esporte e recreação’ e ‘Atividades de serviços pessoais’ –, e Indústria (+1,0%) – sendo o segundo mês consecutivo de expansão modesta, liderado por ‘Fabricação de móveis’, ‘Fabricação de autopeças e implementos rodoviários’ e ‘Fabricação de produtos alimentícios’.
Por outro lado, os dados do IODE-PMEs mostraram recuo do comércio em abril de 2023 (-3,1% ante abril de 2022), após intensa desaceleração já verificada em março (+0,5%). No setor, houve queda nos segmentos atacadista (-5,1%) e varejista (-1,0%).n “No varejo, observamos a terceira declínio consecutivo na comparação anual. De toda forma, as PMEs do comércio relacionado a veículos viram a média da sua movimentação financeira real mostrar expansão de 10,6% no período, restringindo a queda observada no setor como um todo no último mês” afirma Beraldi.
O IODE-PMEs também mostrou recuo significativo do setor de Infraestrutura no último mês (-11,9%). A queda está diretamente associada ao enfraquecimento dos segmentos ‘Coleta, tratamento e disposição de resíduos; recuperação de materiais’ e ‘Obras de infraestrutura’ – este último, muito afetado pela manutenção das taxas de juros elevadas no País. Na contramão do experimentado pelo setor como um todo, o segmento de ‘Serviços especializados para construção’ segue em crescimento, com destaque para atividades ligadas à obras de acabamento imobiliárias.
“Ainda que o mercado de PMEs tenha mantido ritmo de expansão no início do segundo trimestre do ano, os resultados setoriais começam a mostrar maior heterogeneidade de desempenho entre os grandes setores da economia, com destaque para o protagonismo de Serviços e a perda de fôlego do Comércio”, diz o economista. Beraldi complementa que, ”embora a recuperação da renda observada no decorrer de 2022 seja um alento para o mercado, as condições financeiras ainda apertadas das famílias (alto endividamento e dificuldade de acesso ao crédito) dificultam a performance de diversos segmentos das PMEs”.
Sobre o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs)
Compreendendo a relevância das PMEs no desempenho econômico do nosso país, a Omie desenvolveu o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs), que acompanha as atividades econômicas das pequenas e médias empresas brasileiras. A pesquisa da scale-up Omie é um tipo de apuração inédita entre as empresas do segmento, atuando como um termômetro econômico das empresas com faturamento de até R$ 50 milhões anuais, além de oferecer uma análise segmentada setorialmente do mercado de PMEs no Brasil. Para elaborar os índices, a Omie analisa dados agregados e anonimizados de movimentações financeiras de contas a receber de mais de 120 mil clientes, cobrindo 660 CNAEs (de 1.332 subclasses existentes) – considerando filtros de representatividade estatística. Os dados são deflacionados com base nas aberturas do IGP-M (FGV), tendo como base o índice vigente no último mês de análise, com o objetivo de expurgar o efeito meramente inflacionário na série temporal, permitindo que se observe a evolução das movimentações financeiras em termos reais.
Sobre a Omie
Fundada em 2013 por Marcelo Lombardo e Rafael Olmos, a Omie tem o propósito de destravar o crescimento de todos os tipos de negócios, oferecendo um sistema de gestão inovador, completo e ilimitado, ancorada em quatro grandes pilares: Gestão, por meio do software; Educação, por meio da Omie.Academy; Finanças, por meio das funcionalidades de um banco digital, além de linhas de crédito e soluções para apoio à gestão de PMEs, como o Itaú Meu Negócio gestão by Omie; e Comunidade, por meio de um ecossistema que conecta clientes, fornecedores e prestadores de serviços. Líder do segmento, a empresa conta com mais de 27 mil escritórios contábeis parceiros, mais de 120 mil clientes, mais de 1500 colaboradores e mais de 150 unidades de franquias no país.
por Nova PR
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Fonte: Portal Contnews
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