De acordo com os dados de maio de 2023 fornecidos pela Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), cerca de 10,8 milhões de indivíduos têm planos de previdência privada aberta no Brasil.

Esses números representam apenas 5,3% da população brasileira, conforme apontado pelo último Censo Demográfico, evidenciando que uma parcela relativamente pequena está se preparando para garantir uma aposentadoria mais segura por meio desses planos.

Edson Franco, presidente da Fenaprevi, afirma que “O percentual da população coberta pelo sistema de previdência privada é muito baixo. Se considerarmos o sistema como um todo (aberta + fechada), é de, apenas, 7,2%”.

De acordo com o executivo, fica evidente que o setor de previdência privada enfrenta o desafio de ampliar a inclusão previdenciária, buscando garantir que mais pessoas tenham acesso a essa relevante forma de proteção financeira.

Nesse sentido, os empregadores podem desempenhar um papel fundamental como parceiros na busca desse objetivo.

Segundo informações da Fenaprevi, somente cerca de 2,3 milhões de indivíduos possuem planos coletivos, englobando tanto aqueles contratados pelas empresas em benefício de seus funcionários quanto outras modalidades de contratação coletiva. Isso representa aproximadamente 4,6% dos trabalhadores com vínculo empregatício.

Conforme enfatizado pelo presidente da Fenaprevi, os dados evidenciam a importância de incentivar os empregadores a auxiliarem seus colaboradores na preparação para a aposentadoria, incluindo aspectos financeiros.

Com base no Censo de 2022, constata-se que o crescimento anual médio da população brasileira é o mais baixo desde 1950, devido ao envelhecimento e à redução da taxa de natalidade.

É esperado um aumento ainda maior no número de idosos, o que requer a exploração imediata do potencial de colaboração entre os setores público e privado.

Setor de previdência privada cresce

O setor registra um total de R＄ 1,3 trilhão em ativos, representando 12,5% do PIB brasileiro e um aumento de 12,9% em comparação a maio de 2022.

Somente em maio, houve um aporte de R＄ 13,3 bilhões em planos de previdência privada aberta, elevando o total acumulado nos primeiros cinco meses de 2023 para R＄ 63,7 bilhões, um aumento de 2,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

No período de janeiro a maio deste ano, ocorreram resgates no valor de R＄ 55,3 bilhões, resultando em uma captação líquida do setor de R＄ 8,4 bilhões, ou seja, a diferença entre os aportes e os resgates.

Considerando apenas o mês de maio, a captação líquida foi de R＄ 1,9 bilhão, enquanto os resgates totalizaram R＄ 11,4 bilhões, um aumento de 10,3% em relação a maio de 2022.

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Plano que mais se destaca: Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL)

Ao analisar os cinco primeiros meses do ano, observa-se que a captação bruta por produto foi distribuída da seguinte forma:

• R＄ 58,1 bilhões (equivalente a 91,1% do total) foram aportados em planos VGBL – Vida Gerador de Benefício Livre;
• R＄ 4,5 bilhões (representando 7% do total) foram destinados à modalidade PGBL – Planos Gerador de Benefício Livre; e
• R＄ 1,2 bilhão (correspondendo a 1,9% do total) foram direcionados para os planos Tradicionais e FAPI – Fundos de Aposentadoria Programada Individual.

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Fonte: Jornal Contábil
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