“Considero um marco na fazenda: antes do Educampo e depois do Educampo.” A declaração é do produtor de leite Heliton Brandão, mais conhecido como Nonoca, na região de Virgolândia (MG). Ele foi um dos 50 produtores ligados à Cooperativa Agropecuária Vale do Rio Doce que participou da 19ª edição da Exposição Brasileira do Agronegócio do Leite (Megaleite), que ocorreu de 11 a 15 de junho, em Belo Horizonte (MG), um dos maiores eventos da América Latina do setor.
A edição de 2024 da Megaleite terminou com movimentação financeira estimada em R$ 220 milhões. Passaram pelo parque comitivas de vários países, tais como Índia, Colômbia, México, Equador, El Salvador, Costa Rica, Panamá, Bolívia e Venezuela, além de brasileiros de norte a sul do Brasil. Além de produtores de Minas Gerais, como Heliton Brandão, o Sebrae também levou técnicos e produtores dos estados do Amazonas e de Alagoas.
“Aqui é uma oportunidade de aprender o que há de mais atual no mercado”, avaliou Brandão. Ele quase desistiu de mexer com gado. Mas, em 2022, passou a ser atendido pelo Educampo do Sebrae e viu sua produção e rentabilidade quase dobrarem. Com um rebanho de cerca de 260 cabeças de gado, produz mais de 1500 Litros de leite por dia.
A minha produção é tida como destaque na região e a gente busca levar o Sebrae e Educampo para produtores vizinhos, que às vezes nem acreditam no sucesso que a gente está tendo.
Heliton Brandão, produtor de leite
Presidente da cooperativa agropecuária do Vale do rio Doce, João Marques Pereira Neto, herdou do avô o nome e a vocação. “Nossa história passa pela atividade leiteira”, conta o produtor. Para ele, o grande desafio é administrar a propriedade rural como um negócio.
Ter uma propriedade, extrair leite, ser um produtor rural, às vezes a gente até consegue. O grande desafio é administrar isso como um negócio, administrar como uma empresa, administrar gerando resultados.
João Marques Pereira Neto, presidente da cooperativa agropecuária do Vale do rio Doce
Segundo Neto, a cooperativa trabalha com o Educampo há 10 anos, “colhendo frutos altamente positivos”.
O Educampo é uma plataforma do Sebrae que apoia o planejamento e as decisões dos produtores e da cadeia produtiva, proporcionando eficiência e evolução para o negócio, a partir de informações exclusivas e estratégicas, projeções, cenários e análises integradas. Consultorias individuais, capacitações, troca de experiências fazem parte do programa conduzido por um consultor especialista, grupo de produtores rurais e empresas parceiras. Ao longo da Megaleite, o Sebrae realizou consultoria especializada com 21 produtores ruais.
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Gestão do Agro
Além do Educampo, outras soluções e produtos voltados para os negócios que fazem parte desta cadeia produtiva foram apresentados no estande do Sebrae no evento, como o Sebraetec, que oferece consultoria individualizada para o produtor subsidiada em até 70% pela entidade; o programa “Do Brasil à Mesa”, uma vitrine de produtos artesanais, tradicionais, típicos e regionais, com alto valor agregado; e o programa “Juntos pelo Agro”, de assistência técnica e gerencial em parceria com o CNA e CNAR.
As capacitações, soluções e consultorias apresentadas no nosso espaço foram direcionadas especificamente para o produtor de leite e podem, verdadeiramente, fazer a diferença na sua produção e propriedade. A gente está atingindo o nosso público final com muita satisfação.
Cláudia Alves do Valle Stehling, coordenadora de agronegócios e alimentos e bebidas do Sebrae Nacional
O programa Juntos pelo Agro se inicia com o preenchimento de um formulário, que diagnostica as demandas dos produtores e busca reunir Senar e Sebrae para desenvolvimento de capacitações completas. Durante a Megaleite, mais de 600 diagnósticos foram preenchidos.
Festival do queijo artesanal
A Megaleite aconteceu junto com Festival do queijo artesanal de Minas de leite cru, evento correalizado pelo Sebrae. “Unir esses dois grandes eventos é importante não só para que os produtores interajam, se conheçam, mas também para que a população entenda melhor as dificuldades e a qualidade que é gerada nesses dois produtos”, destacou Marcelo de Souza e Silva, presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae MG.
Ele afirma que o papel do Sebrae, em conjunto com o governo do estado e outras entidades parceiras, é “fazer o caminho para que o produtor do queijo artesanal possa ter rentabilidade no seu negócio”. O queijo minas artesanal (QMA) já é conhecido mundialmente, o estado possui três indicações geográficas de queijo com muitas premiações nacionais e internacionais.
Nós precisamos, cada vez mais, qualificar e fazer com que esse negócio seja rentável para o produtor, para que essa riqueza fique com ele, fique no município e que ele possa produzir cada vez mais e com mais qualidade.
Marcelo de Souza e Silva, presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae MG
Fonte: SEBRAE
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