Frente parlamentar busca políticas públicas que apoiem o empreendedorismo feminino

Nesta quarta-feira (5), foi estabelecida a formação da Frente Parlamentar Mista pela Mulher Empreendedora, cujo propósito é promover a discussão sobre políticas públicas que estimulem o empreendedorismo feminino em um ambiente empresarial mais propício.

Composto por 187 deputados e 18 senadores de diversos partidos, a Frente Parlamentar Mista pela Mulher Empreendedora terá como líder a deputada Any Ortiz, do Cidadania-RS.

A deputada enfatizou que o grupo se empenhará em buscar políticas públicas que apoiem o empreendedorismo feminino.

Ortiz ressaltou que atualmente há desincentivos no Brasil devido à burocracia no ambiente de negócios.

Ela afirmou: “Este tem que ser o nosso papel: incentivar cada vez mais pessoas a resgatar sua dignidade, buscar a sua liberdade financeira, buscar o sustento da sua família através do empreendedorismo. Esse é o papel que a frente parlamentar quer ter”.

O evento contou com a presença de diversos líderes e representantes, incluindo a deputada Lêda Borges (PSDB-GO), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher; a deputada Soraya Santos (PL), coordenadora da Secretaria da Mulher; a deputada Adriana Ventura (Novo-SP); a deputada Rosângela Moro (União-SP); José César da Costa, presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL); Margarete Coelho, ex-deputada e diretora de Administração e Finanças do Sebrae Nacional; Tatiana Prazeres, secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, entre outros participantes de destaque.

Comércio exterior

Durante o evento, a secretária de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Tatiana Prazeres, destacou a importância de promover uma maior participação das mulheres no comércio exterior.

“O comércio exterior é uma maneira de inserção das mulheres no mercado internacional, uma maneira de fazer com que mais mulheres participem economicamente da sociedade e contribuam para a geração de emprego e renda no país”, afirmou a secretária.

Durante sua apresentação, Tatiana Prazeres compartilhou informações de um estudo conduzido pela Secex.

Segundo os dados, apenas 14% das empresas exportadoras do Brasil possuem mulheres como líderes em suas composições societárias.

Frente parlamentar busca políticas públicas que apoiem o empreendedorismo feminino
Imagem: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

No entanto, esse número aumenta para 24% quando se trata de empresas exportadoras de menor porte.

O estudo também revelou que as empresas que se dedicam à exportação são mais produtivas, inovadoras, duradouras e proporcionam remunerações mais elevadas em comparação com aquelas que não estão envolvidas no comércio exterior.

Durante sua apresentação, Tatiana mencionou o programa “Elas Exportam” como um exemplo das ações do governo para promover a maior participação das mulheres no mercado internacional.

Essa iniciativa se baseia em mentorias fornecidas por empresárias experientes no comércio exterior, que compartilham seus conhecimentos com empreendedoras que ainda não têm experiência em exportação.

O programa oferece capacitação, treinamento, oficinas e workshops, proporcionando às empreendedoras os recursos necessários para aproveitarem as oportunidades do setor de comércio exterior.

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Inclusão social

A deputada Adriana Ventura (Novo-SP) acredita firmemente que o empreendedorismo é a solução para a geração de empregos e renda no país, bem como uma maneira de ajudar a população a superar a pobreza.

Por sua vez, a deputada Rosângela Moro (União-SP) destacou que as mulheres enfrentam desafios adicionais, como a dupla jornada de trabalho, equilibrando o cuidado com os filhos, além de preconceito, medo e insegurança ao empreender.

Adriana Guernelli, presidente da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas, compartilhou que dos 4 milhões de empreendedores que atuam na venda direta, 60% são mulheres, sendo a maioria proveniente das classes C e D.

Ela ressaltou que a atividade de venda direta promove inclusão social e oportunidades de crescimento para as mulheres.

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Fonte: Jornal Contábil
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