O presidente Luiz Inácio Lula da Silva realiza o pré-lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza nesta quarta-feira (24), no Rio de Janeiro. A iniciativa, proposta pela Presidência brasileira do G20 – grupo com representantes de países dos cinco continentes, incluindo a União Europeia e a União Africana – tem como objetivo estabelecer uma aliança global para obter recursos para a implementação de políticas públicas e tecnologias sociais eficazes na erradicação da fome e da pobreza no mundo. Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), 735 milhões de pessoas no mundo passam fome. O Brasil, que já tinha saído do Mapa da Fome em 2014, retornou a ele após o desmonte de muitas políticas públicas que protegiam as pessoas da pobreza.

Através do empreendedorismo, o Sebrae tem implementado diferentes ações para o desenvolvimento social e econômico do país, refletindo diretamente nas políticas de ataque à fome e à pobreza. No ano passado, por exemplo, a instituição assinou memorando de entendimento com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) visando ao aumento da competitividade do agronegócio, com prioridade para as pequenas propriedades voltadas à agricultura familiar no Brasil.

Ao analisar a importância desse trabalho, o presidente do Sebrae, Décio Lima, constata ser inaceitável que o Brasil, potência global em alimentos, tivesse voltado a conviver com o fantasma da fome.

Em 2022, a incúria, o desprezo e os erros das políticas públicas ressuscitaram uma realidade cruel que afligia pelo menos 33,1 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar. A gestão anterior, enquanto conspirava, assistia inerme a inflação voltar, a fome se expandir, o desemprego explodir, a fuga de investidores, o fechamento de fábricas, a desvalorização do real, a queda abrupta da renda per capita e um tombo histórico no ranking das economias mundiais, agravando a fome.

Décio Lima, presidente do Sebrae Nacional

Décio lembra que, em 2023, o governo federal lançou o Brasil Sem Fome, um programa prioritário, não apenas na retórica, mas na execução. “Um ano e dois meses depois, os esforços começam a gerar resultados. O número de brasileiros que passam fome caiu abruptamente, para 20 milhões”, ressalta. A proposta do presidente Lula à Aliança Global é a de ampliar a adoção de bons programas nacionais, em grande escala, para acabar com a fome e a pobreza, políticas para garantir o direito humano à dignidade, à alimentação adequada, nutritiva e saudável.

“O sonho alentado do sociólogo Herbert José de Sousa, mais conhecido como Betinho, está mais vivo do que nunca e mais promissor”, exalta o presidente do Sebrae.

Com o lema ‘Quem tem fome tem pressa’, o Brasil viu a fome ser atacada de frente, com uma forte campanha nos anos 1990. Três décadas depois, o legado de Betinho está em todos os cantos do país e grita por urgência. Acabar com a fome vai além de um gesto de generosidade. É imperioso banir essa ameaça definitivamente.

Décio Lima, presidente do Sebrae Nacional

Expandir as experiências brasileiras para o mundo, de acordo com o presidente do Sebrae, é de grande importância pois nenhuma nação pode ter a pobreza como banalidade. Segundo ele, para acabar com a fome, a lógica exige um conjunto de ações que precisam caminhar simultaneamente. No Brasil, essas medidas estão em curso e são reflexo do desenvolvimento econômico que gera mais empregos, mais renda, mais consumo. “O país cresce como um todo e volta a respirar”, conclui.

Fonte: SEBRAE
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