O Preço dos combustíveis vem pressionando a inflação e todo o conjunto dos preços de alimentos, especialmente da cesta básica. Quando falamos sobre os custos dos produtos in natura a realidade da atual inflação é ainda mais expressiva, pois esse tipo de produto pressiona os preços em geral dos alimentos, já que são transportados das zonas produtoras para os grandes mercados Rio de Janeiro e São Paulo e aqui estes produtos são distribuídos.
Segundo dados do IBGE e veículos de comunicação, os maiores destaques, em termos de variação, foram as altas de:
11,02% para Alimentos in natura,
2,47% para Bebidas em bares e restaurantes,
2,25% para Vestuário e complementos,
1,91% para Transporte, Comunicação, Energia Elétrica, Combustíveis, Água e IPTU,
1,64% para Alimentos industrializados,
1,61% para Despesas pessoais e
1,07% para Encargos e manutenção
1.03% para artigos de residência
Além do aumento do preço do combustível nas bombas, o grande aumento do volume de chuvas nos meses de janeiro e fevereiro também contribuí diretamente para os preços dos produtos na prateleira.
Por outro lado, a grande seca no sudeste brasileiro que ocorreu no final de março e abril, afetou diretamente a conhecida safrinha que costuma ajudar produtores que não conseguiram se adequar ao momento da safra, iniciada em outubro.
Para piorar a situação, o conflito entre Rússia e Ucrânia segue causando danos ao cenário mundial, já que a Rússia é grande produtora de fertilizantes e está sofrendo embargos devido à guerra. A produção de petróleo também sofre esse impacto, e o barril de petróleo começa a sofrer especulação de mercado, ficando mais caro. Com as especulações já conhecidas em períodos eleitorais, como será o caso em 2022, é previsto um crescimento recorde da Cesta Básica que atingiu números próximos a 8% (oito por cento) no mês de março, números inéditos comparado com os últimos anos.
Temos por exemplo o aumento de alguns produtos como o tomate, que subiu 61%, a banana que encareceu 23,34%, além de muitos outros que pesam no bolso do brasileiro, que se vê no meio de um conflito entre crescentes aumentos e um salário-mínimo estabelecido e defasado desde janeiro de 2022, que está longe de acompanhar a inflação.
Podemos concluir que o aumento dos preços dos combustíveis vai além dos gastos para encher o tanque. Nas últimas semanas, desde o último anúncio de reajuste feito pela Petrobras – de 18,8% na gasolina e 24,9% no diesel -, vários aumentos foram anunciados. As tarifas de viagens por aplicativos subiram até 6%; as entregas por delivery, até 50%; e as passagens aéreas, entre 32% (internacionais) e 62% (nacionais). Para piorar o cenário de intermináveis aumentos, é previsto ainda que as empresas de transporte público reivindiquem aumentos de cerca de 20%.
Segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (Setcesp), Adriano Depentor, a entidade aconselhou seus associados a reajustarem o frete entre 14% e 15%. “A orientação é repassar os aumentos para manter as contas saudáveis. Mas cada um vai decidir o porcentual e a melhor forma de revisar seus preços”, diz o executivo, destacando que as companhias têm contratos de longo prazo com clientes
Desta forma concluímos que o aumento do preço dos combustíveis afeta em sua totalidade todos os aumentos não só dos alimentos, mas em toda conjuntura econômica brasileira.
Fradema consultores tributários
Francisco Demolinari arrighi
Consultor tributário
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Fonte: Jornal Contábil
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