Com a chegada do Pix no Brasil em 2020, a forma de fazer transferências bancárias ficou mais fácil e ágil. Essa é a parte boa, mas com isso os criminosos também viram uma oportunidade de dar golpes nas pessoas de boa fé. As tentativas de golpe envolvendo essa forma de transação cresceram vertiginosamente.

Criminosos atraem suas vítimas na internet para o “golpe do Pix” através de perfis falsos. Os golpistas pedem para a pessoa depositar uma quantia pequena em troca de receber valores altos. Muitas vezes, o lucro prometido é até 20 vezes maior.

As vítimas contam que uma vez que caem na fraude, têm suas redes sociais utilizadas pelos criminosos. Eles clonam o perfil da pessoa em uma rede social, e se aproveitam do número de seguidores para pedir depósitos por meio do Pix.

Uma das vítimas contou que o fraudador se fez passar por ela e pediu dinheiro aos amigos. Com isso conseguiram arrecadar R$ 7 mil através do seu A vítima registrou o caso na Delegacia de Repressão aos Crimes de Internet (DRCI).

Tipos de golpe

Nas redes sociais, um homem que se apresenta como “Marcelo Do Pix” troca mensagens e convence clientes a fazerem a transação, apesar de aparecer em mais de um perfil, com fotos diferentes. O golpista diz: “Trabalho com isso há mais de 3 anos, sempre certinho como você pode observar nos stories.”

Em uma das páginas, aparecem diversos vídeos, de supostos clientes, que dizem terem feito depósitos e conseguiram retorno financeiro. Também no perfil do suspeito, um homem exibe um maço de dinheiro e agradece.

A delegacia afirmou que aguarda o comparecimento das vítimas na unidade policial para apresentar mais informações que ajudem a esclarecer os fatos.

Outro tipo de golpe é o chamado de phishing, técnica que consiste no roubo de dados pessoais ou de instalar um programa malware (um software malicioso, em português) com o mesmo objetivo de roubar informações. Neste tipo, o golpista envia um link ou um e-mail com vírus. Ao clicar, a vítima cai no golpe e tem seus dados roubados.

Como se proteger dos golpes

• Caso precise receber Pix de uma pessoa desconhecida, envie uma chave aleatória.
• Use seu CPF ou dados pessoais apenas para pessoas que você conhece;
• Nunca faça qualquer transferência de emergência sem antes ligar para a pessoa que vai receber o dinheiro e confirmar sua real identidade; 
• Não use o modo de ligação do WhatsApp, que pode ser burlado pelo criminoso; 
• Duvide de promoções, brindes, descontos ou propostas boas demais para serem verdade. Os links podem conter malwares; 
• Evite clicar em links desconhecidos, especialmente para fazer uma transferência; 
• Desconfie ainda mais de links compartilhados via troca de mensagem e redes sociais;
• Restrinja a visualização do seu perfil nas redes sociais apenas para pessoas conhecidas 
• Oculte sua foto do WhatsApp para que apenas seus contatos a vejam.

Fonte: Jornal Contábil
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