Na última quinta-feira (1) o ministro da economia, Paulo Guedes, afirmou que o Auxílio Brasil com valor de R$ 600 e a correção da tabela do Imposto de Renda (IR) podem ser bancados por meio do imposto sobre lucros e dividendos.
Na quarta-feira (31), a proposta do Orçamento de 2023, enviada pelo governo Jair Bolsonaro ao Congresso Nacional, não inclui previsão de aumento para o Auxílio Brasil. No texto, o valor médio incluído é de R$ 405, abaixo dos R$ 600 pagos atualmente.
A proposta também não previu a correção da tabela do IR.
“Ninguém pode ter vergonha de ser rico, tem de ter vergonha de não pagar imposto”, disse Guedes ao participar de evento em São Paulo sobre a possibilidade de taxar lucros e dividendos.
Segundo o ministro da economia, o imposto sobre lucros e dividendos pode render R$70 bilhões por ano ao país, o que seria suficiente para bancar o custo de R$ 52 bilhões com a ampliação do Auxílio Brasil e de R$ 18 bilhões com a atualização da tabela do IR.
A taxação de lucros e dividendos pagos por empresas e seus acionistas já passou pela Câmara dos Deputados, porém ainda não foi avaliada pelo Senado Federal.
Na manhã desta quinta-feira (1), Guedes afirmou que, para garantir a manutenção do Auxílio Brasil no valor de R$ 600 em 2023, o governo pode optar por prorrogar o estado de emergência que está em vigor.
Progresso econômico brasileiro
Em São Paulo, Guedes voltou a comemorar o crescimento da economia brasileira no segundo trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) avançou 1,2%, acima das expectativas do mercado.
“Tivemos uma ótima notícia do PIB. No semestre, o Brasil cresceu 2,5%, que era a meta mais otimista dos analistas”, afirmou o ministro da economia.
No entanto, Guedes não deixou de criticar os economistas que apostam em um cenário mais difícil para a economia em 2023.
“Estão fazendo a rolagem da desgraça”, disse
Na avaliação de Guedes, a economia do país deve crescer mais no próximo ano, porque a queda da inflação deve permitir a redução da taxa básica de juros (Selic) , atualmente, em 13,75% ao ano.
“Só estamos crescendo 2,5% este ano, porque os juros estão lá em cima, tem um freio de mão puxado”, afirmou. “(No ano que vem), a dinâmica vai ser outra.”
No relatório Focus, elaborado pelo Banco Central, os economistas consultados projetam um crescimento do PIB de apenas 0,37%.
Com informações do g1 Economia
Fonte: Contábeis
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