Os índices da bolsa funcionam como um termômetro para o mercado de investimento, pois medem o desempenho de um conjunto de ações. Conhecer os principais índices da bolsa é fundamental para quem já investe ou pensa em dar os primeiros passos no mercado de capitais.

Esse conjunto de ações é uma carteira teórica de ações. O valor real do índice da carteira teórica é o valor de mercado de ações negociadas na bolsa de valores.

Se você pretende começar a investir é extremamente importante conhecer os principais índices da bolsa de valores brasileira. E para te ajudar resolvemos listar esses índices e mostrar quais os seus objetivos.

Ibovespa

Conhecido como IBOV, o índice funciona como um termômetro do mercado acionário do Brasil e mede, através de um sistema de pontos baseado em reais, o desempenho médio de uma carteira teórica com as ações mais representativas e negociadas em Bolsa. 

Basicamente, a B3 reavalia a composição da carteira IBOV a cada 4 meses e os principais critérios para fazer parte do índice é ter uma boa liquidez e grande volume financeiro negociado em Bolsa.

O peso de cada uma das ações na pontuação do índice Ibovespa pode diferir e variar, conforme o volume de ativos de uma mesma empresa presente na composição da carteira. 

Por refletir o comportamento das principais ações negociadas em Bolsa, o índice Ibovespa serve como um ótimo parâmetro para quem deseja operar nos pregões. 

IBrX

O IBrX considera o volume de negociação e a liquidez das ações. Além disso, leva em conta também o valor de mercado das empresas. Logo, quanto maior o valor o seu valor de mercado, mais peso a companhia terá no IBrX.

Existem duas subdivisões do IBrX, são elas IBrX 100 e 50 que se referem ao número de empresas que cada um representa, e essas empresas seguem critérios semelhantes aos do Ibovespa para seleção.

Itag

O ITAG, o Índice de Ações com Tag Along Diferenciado, é um índice apresentado pela B3 que reúne e reflete o desempenho das ações de empresas que oferecem as melhores condições de tag along para seus acionistas minoritários.

Tag along é um dispositivo que protege os interesses dos acionistas minoritários de uma companhia. Por meio dele, os minoritários possuem o direito de deixar uma sociedade com o mínimo de prejuízo financeiro, caso um investidor externo adquira o controle acionário da companhia.

A composição do ITAG é dada por ações e units exclusivamente de empresas listadas na B3 que não estejam incluídos no universo BDRs e nem ativos de companhia em ação judicial ou extrajudicial.

Também não podem fazer parte do Índice ITAG empresas em regime especial de administração temporária, intervenção ou que sejam negociados em qualquer outra situação especial de listagem.

Índice de Consumo (ICON)

O ICON é o resultado de uma carteira teórica de ativos, elaborada de acordo com os critérios estabelecidos nesta metodologia. Os índices da B3 utilizam procedimentos e regras constantes do Manual de Definições e Procedimentos dos Índices da B3.

O objetivo do ICON é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de maior negociabilidade e representatividade dos setores de consumo cíclico, consumo não cíclico e saúde.

O ICON é composto pelas ações e units exclusivamente de ações de companhias listadas na B3 que atendem aos critérios de inclusão descritos a seguir.

Não estão incluídos nesse universo BDRs e ativos de companhias em recuperação judicial ou extrajudicial, regime especial de administração temporária, intervenção ou que sejam negociados em qualquer outra situação especial de listagem (ver Manual de Definições e Procedimentos dos Índices da B3).

Índice de Dividendos (IDIV)

O IDIV é o resultado de uma carteira teórica de ativos, elaborada de acordo com os critérios estabelecidos nesta metodologia. Os índices da B3 utilizam procedimentos e regras constantes do Manual de Definições e Procedimentos dos Índices da B3.

O objetivo do IDIV é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos que se destacaram em termos de remuneração dos investidores, sob a forma de dividendos e juros sobre o capital próprio.

O IDIV é composto pelas ações e units exclusivamente de ações de companhias listadas na B3 que atendem aos critérios de inclusão descritos a seguir.

Índice de Materiais Básicos (IMAT)

O IMAT é o resultado de uma carteira teórica de ativos, elaborada de acordo com os critérios estabelecidos nesta metodologia. O objetivo do IMAT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de maior negociabilidade e representatividade do setor de materiais básicos.

O IMAT é composto pelas ações e units exclusivamente de ações de companhias listadas na B3 que atendem aos critérios de inclusão descritos a seguir.

O Índice BM&FBOVESPA Materiais Básicos não é um ativo que pode ser negociado diretamente em bolsa de valores. Há, no entanto, duas maneiras de rentabilizar seus investimentos de acordo com a variação do IMAT.

A primeira maneira, e a mais difícil também, é comprar todas as ações que participam da composição do Índice Materiais Básicos, respeitando inclusive a proporcionalidade de cada uma destas ações dentro da carteira teórica do índicador. É importante salientar que o investidor deve adequar sua carteira de ativos toda vez que o IMAT alterar sua composição.

Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE)

O ISE B3 é o resultado de uma carteira teórica de ativos, elaborada de acordo com os critérios estabelecidos nesta metodologia. Os índices da B3 utilizam procedimentos e regras constantes do Manual de Definições e Procedimentos dos Índices da B3.

O objetivo do ISE B3 é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas selecionadas pelo seu reconhecido comprometimento com a sustentabilidade empresarial.

Apoiando os investidores na tomada de decisão de investimento e induzindo as empresas a adotarem as melhores práticas de sustentabilidade, uma vez que as práticas ESG (Ambiental, Social e de Governança Corporativa, na sigla em inglês) contribuem para a perenidade dos negócios.

O ISE B3 é composto pelas ações e units exclusivamente de ações de companhias listadas na B3 que atendem aos critérios de inclusão descritos a seguir. Não estão incluídos nesse universo BDRs e ativos de companhias em recuperação judicial ou extrajudicial, regime especial de administração temporária, intervenção ou que sejam negociados em qualquer outra situação especial de listagem (ver Manual de Definições e Procedimentos dos Índices da B3).

Índice de Governança Corporativa – Novo Mercado (IGC-NM)

O IGC é o resultado de uma carteira teórica de ativos, elaborada de acordo com os critérios estabelecidos nesta metodologia. O objetivo do IGC é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas listadas no Novo Mercado ou nos Níveis 1 ou 2 da B3.

O IGC é composto pelas ações e units exclusivamente de ações de companhias listadas na B3 que atendem aos critérios de inclusão descritos a seguir.

A governança corporativa é muito importante para as empresas que ofertam ativos na bolsa, mas também para as demais organizações. Logo, é natural que uma empresa que faça uso deste recurso tenha um crescimento no valor das suas ações. Assim, o IGC foi criado pela Bovespa para avaliar o desempenho de ações de companhias com níveis de governança corporativa diferenciada.

Índice Imobiliário (IMOB)

O Índice Imobiliário (IMOB) representa os ativos mais negociados e de maior representatividade no setor imobiliário. Ele compreende tanto empresas que atuam na exploração de imóveis como construção civil. O índice é composto por ações e units.

Para ser incluído no IMOB, um ativo deve estar entre os 99% mais negociados do setor no período de vigência das 3 carteiras anteriores. Os ativos também deve ter presença em pregão de 95% no período.

O IMOB é um índice de retorno total. Ele é um indicador que procura refletir não apenas as variações nos preços dos ativos integrantes do índice no tempo. O IMOB também reflete o impacto que a distribuição de proventos por parte das companhias emissoras desses ativos teria no retorno do índice.

Índice Small Cap (SMLL)

O índice Small Cap (SMLL) busca refletir os ativos das empresas de menor capitalização na B3. Ele é composto tanto ações quando units.

Para compor o índice, os ativos devem estar fora da lista dos que representam 85% do valor de mercado de todas as empresas na B3. Contudo, o ativo deve estar entre os 99% mais negociados na bolsa.

A regra de composição do SMLL ainda determina presença em pregão de 95% nos período das 3 carteiras anteriores. Ficam de fora ativos classificados como “penny stocks”, negociados a menos de R$ 1

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Fonte: Jornal Contábil
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