O Indicador de Intenção de Investimentos da Fundação Getulio Vargas recuou no segundo trimestre de 2020 para o menor nível da série iniciada em 2012. O indicador mede a disseminação do ímpeto de investimento entre as empresas, colaborando para antecipar tendências econômicas. Houve queda nos quatro setores pesquisados em relação ao trimestre anterior. A maior queda (63,2 pontos) e menor nível (56,3 pontos) foram observados na Indústria. Pela primeira vez na série histórica, iniciada em 2016 nos demais setores, o menor patamar não ficou com o setor da Construção.
“Depois de registrar melhora em todos os setores entre o final de 2019 e o início de 2020, o Indicador de Intenção de Investimentos despencou no 2° trimestre sob influência da pandemia do coronavírus. Vale ressaltar que a coleta de dados do 1° trimestre foi encerrada momentos antes da disseminação do vírus no país. Considerando o patamar historicamente baixo e a elevada e persistente incerteza no país, fica difícil imaginar um cenário de recuperação completa do indicador no curto ou médio prazo”, afirma Rodolpho Tobler, economista da FGV IBRE.
A queda no segundo trimestre de 2020 levou todos os setores aos respectivos mínimos históricos, à exceção do setor da Construção2. Nos demais, o mínimo anterior havia sido alcançado ao final da recessão de 2014-16 (4T2016), e era pelo menos 25 pontos superior ao registrado agora. Esta foi também a primeira vez em que o Indicador de todos os setores ficou abaixo dos 100 pontos, nível em que a proporção de empresas prevendo aumento no volume de investimentos produtivos nos 12 meses seguintes é inferior a a dos que projetam redução.
Incerteza em relação aos investimentos
Na Sondagem de Investimentos da FGV IBRE, as empresas industriais também são consultadas trimestralmente sobre o grau de certeza quanto à execução do plano de investimentos nos 12 meses seguintes.
No segundo trimestre de 2020, a proporção de empresas incertas quanto à execução do plano de investimentos foi recorde na indústria e em serviços (49,5% e 66,5%, respectivamente). Comércio e construção registraram proporções de 41,1% e 65,9%, abaixo do máximo histórico observado no segundo trimestre de 2016. A alta, em relação ao trimestre anterior, da proporção de empresas incertas em relação ao investimento neste trimestre foi recorde em todos os setores.
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Fonte: Contabilidade na TV
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