O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho foi de 0,26%, após a queda de 0,38% observada em maio. Desta forma, o indicador acumula alta de 0,10% no ano enquanto o acumulado em 12 meses é de 2,13%, acima dos 1,88% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2019, a taxa havia ficado em 0,01%.
Período | Taxa |
---|---|
Junho de 2020 | 0,26% |
Maio de 2020 | -0,38% |
Junho de 2019 | 0,01% |
Acumulado no ano | 0,10% |
Acumulado nos últimos 12 meses | 2,13% |
Outros destaques foram os grupos Artigos de residência (1,30%), que apresentou a maior variação positiva no índice do mês, e Saúde e cuidados pessoais (0,35%). No lado das quedas, destaca-se a variação de Vestuário (-0,46%), que contribuiu com -0,02 p.p. no índice de junho. Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,05% ocorrida em Despesas pessoais e a alta de 0,75% registrada no setor de Comunicação.
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
Maio | Junho | Maio | Junho | |
Índice Geral | -0,38 | 0,26 | -0,38 | 0,26 |
Alimentação e Bebidas | 0,24 | 0,38 | 0,05 | 0,08 |
Habitação | -0,25 | 0,04 | -0,04 | 0,01 |
Artigos de Residência | 0,58 | 1,30 | 0,02 | 0,05 |
Vestuário | -0,58 | -0,46 | -0,03 | -0,02 |
Transportes | -1,90 | 0,31 | -0,38 | 0,06 |
Saúde e Cuidados Pessoais | -0,10 | 0,35 | -0,01 | 0,05 |
Despesas Pessoais | -0,04 | -0,05 | 0,00 | -0,01 |
Educação | 0,02 | 0,05 | 0,00 | 0,00 |
Comunicação | 0,24 | 0,75 | 0,01 | 0,04 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
Em Alimentação e bebidas (0,38%), os alimentos para consumo no domicílio passaram de 0,33% em maio para 0,45% em junho, influenciados principalmente pela alta nos preços das carnes (1,19%) e do leite longa vida (2,33%). Outros itens importantes na cesta de consumo das famílias, como o arroz (2,74%), o feijão-carioca (4,96%) e o queijo (2,48%) também registraram variação positiva, contribuindo com 0,01 p.p. de impacto cada.
No lado das quedas, os destaques foram o tomate (-15,04%) e a cenoura (-8,88%), cujos preços já haviam recuado em maio (-7,34% e -14,95%, respectivamente).
A alimentação fora do domicílio também acelerou na passagem de maio (0,04%) para junho (0,22%), especialmente por conta do item lanche (1,01%), que contribuiu com 0,02 p.p. no IPCA de junho. A refeição (-0,07%), por sua vez, apresentou queda menos intensa na comparação com maio (-0,34%).
Transportes (0,31%) registrou variação positiva após quatro meses consecutivos de quedas, especialmente por conta da alta nos preços da gasolina (3,24%), maior impacto individual no índice do mês (0,14 p.p.). Etanol (5,74%), gás veicular (1,01%) e óleo diesel (0,04%) também registraram alta, levando o preço dos combustíveis a subir 3,37% (frente à variação de -4,56% registrada em maio).
No lado das quedas, os destaques foram as passagens aéreas (-26,01%), que apresentaram variação similar à observada em maio (-27,14%) e contribuíram com o maior impacto individual negativo no IPCA de junho (-0,11 p.p.). Além disso, o item transporte por aplicativo, após alta de 5,01% em maio, registrou -13,95% de variação e contribuiu com -0,03 p.p. no índice do mês.
Ainda em Transportes, o resultado do subitem metrô (1,43%) reflete o reajuste de 8,70% nas passagens do Rio de Janeiro (5,22%), vigente desde 11 de junho. A queda no subitem táxi (-0,35%), por sua vez, decorre do cancelamento, a partir de 22 de maio, do reajuste ocorrido no Rio de Janeiro (-1,64%) em janeiro.
A maior variação positiva no IPCA de junho veio dos Artigos de residência (1,30%), em função da alta dos eletrodomésticos e equipamentos (2,92%) e dos artigos de tv, som e informática (3,80%), que contribuíram com 0,02 p.p. e 0,03 p.p., respectivamente. Os itens de mobiliário (-1,33%) seguem em queda, embora a variação tenha sido menos intensa que a observada em maio (-3,17%).
Em Saúde e cuidados pessoais (0,35%), os destaques foram os produtos farmacêuticos, que subiram 1,44% e contribuíram com 0,05 p.p. no índice do mês, após queda de 1,16% no mês anterior.
A maior variação negativa (-0,46%) e o maior impacto negativo (-0,02 p.p.) no IPCA de junho vieram de Vestuário, que já havia apresentado queda no mês anterior (-0,58%). As roupas femininas (-0,95%), infantis (-0,41%) e os calçados e acessórios (-0,61%) registraram recuo nos preços, enquanto as joias e bijuterias subiram 0,54%, acumulando alta de 6,50% no ano.
Em Habitação (0,04%), destaca-se, por um lado, a variação positiva do gás de botijão (1,41%) e, por outro, a queda na energia elétrica residencial (-0,34%). Vale lembrar que, no dia 26 de maio, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) anunciou que irá manter a bandeira tarifária verde, em que não há cobrança adicional na conta de luz, até o final deste ano. Em Curitiba (-0,42%), houve redução de 0,94% nas tarifas, em vigor desde 24 de junho.
Ainda em Habitação, o resultado do subitem gás encanado (-0,18%) é consequência da redução média de 2,60% nas tarifas do Rio de Janeiro (-0,09%), vigente desde 1º de maio, e da redução de 0,27% nas tarifas de São Paulo (-0,26%), válida desde 31 de maio. Por fim, ressalta-se que o item taxa de água e esgoto (0,18%) apresentou variação positiva em junho por conta da mudança na estrutura tarifária em Brasília (4,85%), implementada a partir de 1º de junho.
Em relação aos índices regionais, quatro das dezesseis áreas pesquisadas apresentaram deflação em junho. O menor índice ficou com o município de São Luís (-0,35%), especialmente em função das quedas nos preços dos perfumes (-3,39%) e do tomate (-13,89%). Já o maior resultado foi verificado na região metropolitana de Curitiba (0,80%), por conta da alta nos preços da gasolina (7,01%) e do etanol (10,35%).
Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | ||
---|---|---|---|---|---|
Maio | Junho | Ano | 12 meses | ||
Curitiba | 8,09 | -0,57 | 0,80 | -0,68 | 1,45 |
Salvador | 5,99 | -0,47 | 0,68 | 0,72 | 2,35 |
Vitória | 1,86 | -0,48 | 0,56 | 0,74 | 1,80 |
Recife | 3,92 | -0,18 | 0,51 | 1,12 | 2,27 |
Brasília | 4,06 | -0,28 | 0,46 | -0,41 | 1,64 |
Fortaleza | 3,23 | -0,52 | 0,34 | 0,98 | 2,65 |
São Paulo | 32,28 | -0,28 | 0,29 | 0,30 | 2,65 |
Campo Grande | 1,57 | -0,57 | 0,23 | 0,34 | 2,37 |
Rio Branco | 0,51 | -0,33 | 0,21 | -0,34 | 1,03 |
Goiânia | 4,17 | -0,25 | 0,10 | -1,15 | 1,32 |
Belo Horizonte | 9,69 | -0,60 | 0,05 | -0,02 | 1,84 |
Aracaju | 1,03 | -0,50 | 0,03 | 1,14 | 2,13 |
Porto Alegre | 8,61 | -0,44 | -0,01 | -0,49 | 1,58 |
Rio de Janeiro | 9,43 | -0,28 | -0,01 | 0,40 | 2,15 |
Belém | 3,94 | -0,39 | -0,18 | -0,27 | 2,59 |
São Luís | 1,62 | -0,22 | -0,35 | -0,65 | 0,80 |
Brasil | 100,00 | -0,38 | 0,26 | 0,10 | 2,13 |
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 29 de maio a 30 de junho de 2020 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de abril a 28 de maio de 2020 (base). Cabe lembrar que, em virtude do quadro de emergência de saúde pública causado pela COVID-19, o IBGE suspendeu, no dia 18 de março, a coleta presencial de preços nos locais de compra. A partir dessa data, os preços passaram a ser coletados por outros meios, como pesquisas realizadas em sites de internet, por telefone ou por e-mail.
INPC fica em 0,30% em junho
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de junho apresentou variação de 0,30% contra -0,25% em maio. No ano, a variação acumulada foi de 0,36% e, nos últimos doze meses, o índice apresentou alta de 2,35%, acima dos 2,05% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2019, a taxa foi de 0,01%.
Produtos alimentícios tiveram alta de 0,37% em junho enquanto, no mês anterior, haviam registrado 0,40%. Já o agrupamento dos não alimentícios apresentou variação de 0,28%, após registrar queda de 0,44% em maio.
No que concerne aos índices regionais, a região metropolitana de Curitiba (0,86%) apresentou o maior resultado, principalmente em função das altas da gasolina (7,01%) e do etanol (10,35%). O menor índice, por sua vez, ficou com o município de São Luís (-0,39%), influenciado pelas quedas nos preços dos perfumes (-3,39%) e do tomate (-13,89%).
Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | ||
---|---|---|---|---|---|
Maio | Junho | Ano | 12 meses | ||
Curitiba | 7,37 | -0,49 | 0,86 | -0,67 | 1,55 |
Vitória | 1,91 | -0,29 | 0,85 | 1,18 | 1,85 |
Brasília | 1,97 | -0,28 | 0,63 | -0,31 | 1,43 |
Salvador | 7,92 | -0,30 | 0,60 | 0,94 | 2,43 |
Recife | 5,60 | -0,13 | 0,45 | 1,63 | 2,67 |
São Paulo | 24,60 | -0,14 | 0,41 | 0,45 | 2,93 |
Fortaleza | 5,16 | -0,51 | 0,34 | 1,13 | 2,65 |
Rio Branco | 0,72 | -0,21 | 0,30 | -0,07 | 1,42 |
Campo Grande | 1,73 | -0,52 | 0,18 | 0,42 | 2,63 |
Aracaju | 1,29 | -0,35 | 0,11 | 1,27 | 2,16 |
Belo Horizonte | 10,35 | -0,45 | 0,10 | 0,28 | 2,10 |
Rio de Janeiro | 9,38 | -0,07 | 0,09 | 0,47 | 1,91 |
Porto Alegre | 7,15 | -0,31 | 0,06 | -0,17 | 1,90 |
Goiânia | 4,43 | -0,12 | 0,05 | -0,88 | 1,94 |
Belém | 6,95 | -0,13 | -0,05 | 0,24 | 3,17 |
São Luís | 3,47 | -0,23 | -0,39 | -0,60 | 1,15 |
Brasil | 100,00 | -0,25 | 0,30 | 0,36 | 2,35 |
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 29 de maio a 30 de junho de 2020 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de abril a 28 de maio de 2020 (base). O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.
Por Agência de Notícias IBGE
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Fonte: Contabilidade na TV
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