IRPF e a alta da taxa Selic: Quais serão os possíveis impactos na hora da restituição?

Até a manhã desta quarta-feira (17/03), a Receita Federal recebeu 5.642.123 declarações do Imposto de Renda Pessoa Física 2021, cerca de 15% da expectativa, de 32 milhões.

Apesar do prazo até 30 de abril, uma entrega antecipada garante restituição mais cedo, o que, na maior parte dos casos, é vantajoso.

Para 2021, a Receita Federal manteve a redução dos lotes de restituição praticados em 2020: o primeiro receberá em 21 de maio, o segundo em 30 de junho, o terceiro em 30 de julho, o quarto em 31 de agosto e o quinto e último, em 30 de setembro.

Os contribuintes que receberem no último lote terão acesso aos valores corrigidos pela Selic, a taxa básica de juros, que no momento está fixada em 2%, com expectativa de alta, ainda hoje, após reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

“A taxa Selic, no momento, vive uma mínima histórica. Por isso, de forma geral, é muito mais vantajoso receber o quanto antes, seja para usar o dinheiro para quitar dívidas e pagar menos juros, seja para fazer aplicações que rendam mais”, explica o Presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Rio de Janeiro, Samir Nehme.

IRPF e a alta da taxa Selic: Quais serão os possíveis impactos na hora da restituição?

Apesar do indicativo da pesquisa Focus do Banco Central, de alta de 0,5% após seis anos – a última foi em julho de 2015, atingindo 14,25% – a taxa Selic continua em um patamar baixo, representando atratividade apenas em casos específicos.

 “Mesmo as previsões mais otimistas apontam para encerrar 2021 em 4,5% ou 5%. Ainda uma taxa baixa.

Mas, sempre vai depender do risco que o contribuinte está disposto a correr. Se ele pretende receber a restituição e aplicar na poupança, colocando na ponta do lápis, é mais vantajoso receber no último lote”, afirma o especialista.

Atualmente, o rendimento da poupança é calculado da seguinte forma: se a taxa Selic estiver acima de 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% sobre o valor depositado + Taxa Referencial.

Mas, se estiver igual ou abaixo de 8,5% ao ano, ela rende 70% da Selic + Taxa Referencial.

 “Quem investe em renda variável, como ações e Fundos de Investimentos Imobiliários (FIIs), por exemplo, pode obter mais ganhos com a restituição antecipada.

E, sem dúvidas, para quem está com dívidas, a restituição no primeiro lote é extremamente vantajosa”, resume Nehme.

Por CRCRJ

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Fonte: Jornal Contábil
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