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Finalmente, em 2023 o Brasil voltará a festejar o feriado mais esperado do país. Após dois anos sem Carnaval, devido à crise sanitária da Covid-19, os brasileiros e o comércio comemoram a retomada dessa data tão marcante, tanto em termos culturais quanto econômicos, uma vez que as vendas e o turismo em geral têm aumento elevado no período.

O Carnaval, sempre marcado pela folia nas ruas, traz também aos Estados, Municípios e União um grande aumento na arrecadação de tributos e excelentes oportunidades de lucro para vários setores-chave para o Brasil. “O recente estudo feito pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) exemplifica essa questão, apontando o alto percentual de tributos que incidem sobre algumas das mercadorias e serviços mais consumidos nessa época, que são: cachaça (81%), chope (62%), cerveja em lata (47,2%), refrigerante em lata (46%), água mineral (31,5%), água de coco 34,1%, confete e serpentina (40%), fantasias (33,9%) etc”, explica Edino Garcia, especialista tributário da Synchro. 

Segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC), a expectativa é que este Carnaval supere os dois anos anteriores, movimentando mais de R$ 8 bilhões – número 27% maior que o mesmo período de 2022, porém com a arrecadação ainda inferior a de 2020, ano que antecedeu o isolamento social imposto pela pandemia.

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O levantamento também estima que cerca de 85% dessa receita deve ser gerada por três segmentos: bares e restaurantes (com movimentação esperada de R$ 3,63 bilhões), transporte de passageiros (R$ 2,35 bilhões) e serviços de hotelaria e hospedagem (R$ 890 milhões). Os 15% restantes se dividem entre empresas de lazer e cultura (R$ 780 milhões) e outros segmentos, como aluguel de veículos e agências de viagem, por exemplo (R$ 530 milhões).

Como de praxe, cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Recife recebem milhões de turistas nessa época do ano. Para se ter uma ideia, ao todo, o Ministério do Turismo prevê que 46 milhões de pessoas deverão aproveitar o feriado prolongado no país. E diante dessas projeções otimistas para o mês de fevereiro, as empresas devem estar preparadas para aproveitar positivamente a data, lucrando bastante e batendo as metas estabelecidas. 

Além desse ponto essencial para manter os negócios sempre em ascensão, outra questão tão importante quanto merece atenção: manter a conformidade diante do aumento expressivo das vendas e, consequentemente, das demandas do setor tributário. “As grandes companhias têm este controle muito bem estabelecido, mesmo nas épocas de maior demanda tributária – porém, as pequenas e médias, por não terem, muitas vezes, tais processos bem estruturados e respaldados pela tecnologia, podem falhar na missão, justamente no momento de acertar as contas com o Leão”, comenta Garcia.

Confira algumas dicas para evitar situações de não conformidade no Carnaval – e nas demais datas de maior volume de vendas:

  • Total atenção na emissão dos documentos fiscais: Isso significa que é necessário ter conhecimento e controle de cada item vendido, não importa o valor, para que a documentação fiscal esteja em ordem e confiável. 
  • Treinar previamente os colaboradores contratados para trabalhar temporariamente: A CNC calcula que 24,6 mil empregos temporários serão gerados este mês. É recomendado que haja um treinamento com todos os contratados, para que estes profissionais não apenas realizarem as tarefas corriqueiras com excelência, mas também tenham ciência da importância da emissão correta dos documentos fiscais e saibam fazê-las com total assertividade. Ou seja, contrate as pessoas com certa antecedência, para ter tempo hábil de treiná-las e orientá-las corretamente sobre todos os pontos cruciais para o negócio. 
  • Estoque de mercadorias: Por mais que as vendas aumentem exponencialmente durante o Carnaval, é estratégico controlar o estoque muito bem, para que os comerciantes e empresas não fiquem com as mercadorias encalhadas posteriormente. O ideal é calcular a quantidade a ser comprada com base nos anos anteriores e estimar uma quantidade acima, sem exceder demais o volume. Isso porque, no ato das compras, todos os tributos já são pagos. Caso as vendas sejam baixas, os empresários além de não conseguirem recuperar os valores gastos com tributação, ainda correm o risco de ter que optar por realizar promoções para vender mais rapidamente tudo que foi adquirido – e isso pode atrapalhar nos lucros. 
  • Estabelecer um bom relacionamento com os fornecedores: Ao contrário desse cenário de possível não vendas, pode ocorrer também uma aceleração além do esperado e o estoque chegar ao fim. Para não perder as futuras oportunidades de vendas, os empresários devem sempre manter bom relacionamento com todos os seus fornecedores, para que eles reponham seu estoque o mais rápido possível durante o Carnaval. 

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Está claro que a maior festa popular do Brasil promete, este ano, trazer muitos benefícios para a economia do país, para os Estados e Municípios e, logicamente, para o comércio e organizações que, de alguma forma, lucram mais com essa data. Com preparo prévio, organização, planejamento e visão de futuro, será possível ter sucesso nas vendas, não esquecendo das obrigações fiscais e tributárias – que, uma vez não feitas, gerarão prejuízos para as organizações, mesmo tendo lucros altíssimos durante o feriado que está por vir. Então, esteja atento e aproveite a tão almejada volta da festa mais amada pelos brasileiros!

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Fonte: Jornal Contábil
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