Mais uma rede de lojas vem sofrendo com o efeito provocado pelas lojas Americanas. Desta vez, quem está no olho do furacão são as lojas Marisa, que anunciou uma queda nas suas ações (AMAR3) depois que o presidente da empresa, Adalberto Pereira dos Santos, renunciou e o conselho aprovou uma reestruturação, que dará início a uma renegociação de suas dívidas de cerca de R$ 600 milhões com bancos.
Com isso, as ações AMAR3 estão em queda na Bolsa de Valores de São Paulo. O papel, por volta das 14h50 desta quarta-feira (8), caía 4,42%, para R$ 1,08. O ativo não faz parte do principal índice da Bolsa, o Ibovespa.
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Novo presidente interino
Com a saída de Adalberto, Alberto Kohn de Penhas, que era vice-presidente comercial da varejista, assumiu o comando da companhia, anunciada na noite desta terça-feira (7).
No entanto, segundo o jornal Folha de São Paulo, Alberto Kohn de Penhas é investigado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por uso de informação privilegiada.
Em abril do ano passado, foi instaurado contra Alberto, um processo no CVM. Ele é investigado por adquirir, em outubro de 2021, 160 mil ações da Marisa no valor de R$ 661,2 mil.
Alberto estava em posse de informações que impactam nos resultados da companhia relativos ao 3° trimestre de 2021, obtendo vantagem na compra de valores mobiliários.
O processo foi prorrogado, após Kohn ser ouvido pela CVM. O presidente interino das lojas, Marisa, ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Segundo as regras da companhia, qualquer acusado tem 30 dias úteis para apresentar defesa a partir da data da citação.
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Reestruturação das lojas Marisa
Para abrir um processo de reestruturação, a Marisa aceitou a renúncia do CEO da empresa, Adalberto Pereira dos Santos, conforme comunicado feito ao mercado financeiro. Como ainda não foi escolhido o novo presidente da empresa, o comando do grupo terá um presidente interino. O cargo será ocupado por Alberto Kohn.
Enquanto isso, também renunciou ao cargo, um integrante do Conselho de Administração da Marisa, Marcelo Adriano Casarin, que deve ser substituído até o mês de abril, para quando está prevista a Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária.
Segundo a varejista especializada em vestuário feminino, as medidas fazem parte do “processo de otimização financeira e aprimoramento de sua estrutura de capital”.
Para isso, foi contratada a BR Partners que irá prestar assessoria no processo de renegociação de dívidas da companhia. Já o aperfeiçoamento da estrutura de custos será acompanhado pela Galeazzi Associados.
O BR Partners é um banco de investimentos que oferece assessoria financeira a empresas.
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Fonte: Jornal Contábil
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