A Continuidade de Negócios é uma disciplina de Gestão de Riscos empresariais que busca entender o negócio e criar estratégias para enfrentar crises ou desastres.
Grandes empresas, multinacionais e até mesmo as com capital aberto já tem esta prática difundida e os investidores cobram que ela exista, pois minimiza os riscos e garante a sobrevivência das organizações.
Mas será que ele se aplica aos pequenos e médios empreendedores brasileiros?
Como o cenário de crise, no Brasil, tende a refletir até 2021, as pequenas e médias empresas são as que mais sofrem o impacto da economia.
Diante disto, a Daryus Consultoria desenvolveu seis passos para que essa fatia do mercado possa realizar um Plano de Continuidade de Negócios (PCN) e conter os desastres da pós-crise.
1) Crie um programa de continuidade de negócios
A Alta Administração ou os donos precisam estar dispostos a abrir as informações, planejamento, números e viabilizar condições para que um plano de continuidade seja construído, mantido e atualizado ano a ano.
Grandes empresas estão mais preparadas, pois mantém isso anualmente e testam, oferecendo a elas melhores condições para enfrentar épocas de crise.
Verba, dedicação de tempo, envolver as pessoas certas e principalmente a liderança são alguns dos principais caminhos para o sucesso do PCN.
2) Entenda o Negócio
Faça uma Análise dos Riscos e uma Business Impact Analysis (BIA). Esses diagnósticos têm foco no descobrimento de riscos, sejam externos ou internos, e impactos ao negócio.
A BIA, ou simplesmente Análise de Impactos no Negócio, possibilita que a administração de uma empresa tenha uma visão completa de todos os processos de negócios, quanto tempo podem ficar interrompidos, mapear os piores momentos e identificar quais os impactos financeiros, legais, de imagem e operacionais que decorrerão das interrupções.
Isso serve para priorizar e tratar apenas o que realmente pode falir o negócio e definir o apetite de riscos. “Esses diagnósticos nos dão a possibilidade de estruturar, projetar cenários de crises ou desastres, e montar estratégias de resiliência para cada tipo de negócio”, explica D´Addario.
3) Crie e implemente estratégias de resiliência
Ao entender bem o negócio nos passos anteriores é possível classificar os impactos, mapear períodos que a empresa deve estar mais preparada e criar estratégias para pessoas, processos e tecnologias.
Além de proteger o capital de giro, alinhar com parceiros e fornecedores planos para continuidade, identificar profissionais chaves para a operação, investir e proteger no lugar certo e criar protocolos de defesa e continuidade.
Essas etapas possibilitarão que as pequenas e médias empresas suportar épocas de crises ou desastres.
4) Faça Planos
Toda empresa, principalmente pequena e média, deveria ter um BIA e um PCN. Estas ferramentas de gestão de riscos e administração garantem a sobrevivência delas.
Um Plano de Continuidade de Negócios é na verdade um conjunto de planos contendo planos escritos ou digitais para saber como reagir, emergencialmente, durante a crise e como retornar à normalidade nos pós-crise.
Planos para processos de negócios, Planos para recuperar as tecnologias, Planos de Gerenciamento de Crises e Planos de Comunicação precisarão ser construídos para que a empresa saiba o que fazer e o que falar aos seus colaboradores, clientes, investidores e parceiros, minimizando erros, equívocos, confusões e estando preparada para enfrentar crises.
5) Revise, teste e audite os planos
Tudo o que é planejado, precisa ser testado e auditado, periodicamente. Anualmente, algumas empresas simulam situações de crise ou desastres para poder condicionar equipes e validar os planos construídos.
Após o Plano de Continuidade de Negócios ser estruturado é importante que a liderança treine, teste e audite ou permita auditorias para garantir que sejam úteis e funcionais.
Para pequenas e médias empresas é mais fácil realizar esses passos. Assim como os fornecedores também devem ter seus planos e podem ser auditados pelas contratantes, basta rever o acordo contratual.
6) Conscientize e eduque a todos na empresa
Educar sobre o tema desde a liderança até os demais colaboradores é uma boa prática. Entender quais são os seus riscos, os limites, as dependências, o tempo e os prováveis impactos trarão uma melhor resposta empresarial.
Um Plano construído e que depois não é ensinado, treinado e criticado pelas equipes poderá não trazer os benefícios esperados.
Ajustes desde o financeiro até processo operacional deverão ser compreendidos e efetuados. Os pequenos e médios empreendedores devem procurar entender melhor o tema, aprender ou contratar os serviços de consultorias especializadas.
Hoje contratar um serviço de Virtual Continuity Officer é muito acessível e segue uma tendência mundial. Ou até mesmo, o dono de um comércio local pode fazer um curso especializado para dominar o assunto e implementar em sua empresa.
“O Grupo Daryus possui uma divisão de Educação, com cursos sobre Continuidade de Negócios que cresceram cerca de 100% desde meados de 2019.
Já a divisão de Consultoria, no mesmo período teve um aumento de 60% em 2020 nos serviços de PCN, terceirização e mentoria. Os pequenos e médios aprendem e contratam hoje cerca de 20% a mais que em 2019. “, conclui D’Addario.
O executivo ressalta que nenhum empreendedor deve esperar a crise chegar para tomar medidas drásticas ou acionar uma Consultoria.
Por Grupo Daryus, Criado em 2005 com o objetivo de transformar os negócios no País, o Grupo Daryus, de origem e capital 100% nacional, tornou-se referência na prestação de serviços de Consultoria e Educação
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Fonte: Jornal Contábil
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