Pesquisa realizada pelo Sebrae mostra que a maturidade digital cresceu nas micro e pequenas empresas do país. Em uma escala de 0 a 80, o Indicador de Maturidade Digital (IMD) nos pequenos negócios ficou em 37, um crescimento de 6% na comparação com o ano passado, quando o índice registrava 35. O IMD identifica o potencial do negócio de aproveitar todos os benefícios da digitalização.

O crescimento do indicador neste ano foi impulsionado principalmente pelas empresas de Serviços e Comércio. O levantamento entrevistou 7.182 empreendedores (MEI, microempresa e empresa de pequeno porte), que responderam a 20 perguntas. Em sua segunda edição, a pesquisa revela que diminuiu a diferença entre MEI, ME e EPP em termos de maturidade digital.

O IMD melhorou em todas as regiões e nas empresas de todos os portes, principalmente entre os MEIs, que tiveram a maior taxa de crescimento (8%). Entre as empresas de pequeno porte o crescimento foi de 5% e, entre microempresas, de 2%. Os estados com maior IMD são Goiás e Rio Grande do Norte.

Décio Lima, presidente do Sebrae. Foto: Erivelton Viana.

O presidente do Sebrae, Décio Lima, celebrou o aumento da maturidade digital dos pequenos negócios: “É possível acessar os produtos em qualquer parte do mundo. E os pequenos negócios sabem que precisam entrar neste mundo globalizado. A digitalização é fundamental para expandir os relacionamentos e ampliar oportunidades. O papel do Sebrae é apoiar esses negócios para que a falta de acesso aos meios digitais não seja uma barreira”, afirma.

A pesquisa mostra que quanto mais jovem o empreendedor, maior a maturidade digital da empresa. “Esse resultado era esperado, mas é a primeira vez que um estudo do Sebrae apresenta esses dados”, comenta Décio Lima. A maturidade digital também cresce na mesma medida em que aumenta o nível de escolaridade do empreendedor.

Um dos destaques da pesquisa foi o item mais bem-avaliado pelos participantes neste ano: a constatação de que as contribuições feitas por funcionários impactaram na melhoria da maturidade digital da empresa. Outras perguntas trataram de temas como acesso à internet de alta qualidade, desenvolvimento de novos produtos a partir de ideias que surgem no contato com os clientes e o uso de plano estratégico de mídias sociais.

Formação da Coti Informática foi pensada para inserir alunos no mercado de trabalho | Foto: Divulgação

Conexão com os clientes

Criada em 2006 no Rio de Janeiro (RJ), a Coti Informática surgiu a partir da pesquisa de mestrado de Fernanda Nunes, na qual ela identificou que os alunos do ensino superior de tecnologia não conseguiam se engajar no mercado de trabalho com facilidade. A empresa foi pensada para oferecer treinamento a esses alunos nas áreas de desenvolvimento de software, análise de dados, banco de dados, web designer e inteligência artificial.

Um plano de mídias sociais é uma das estratégias usadas para se conectar com clientes. “A gente colhe as informações do cliente desde quando ele engaja em um post na rede social até a conversão em compra”, afirma Fernanda, dona da empresa.

Depois a gente tem um programa de gestão para acompanhar esse cliente até o término do curso, para poder fazer upsell [estratégia de vendas que consiste em oferecer ao cliente uma versão mais completa, avançada ou de maior valor do produto ou serviço que ele já pretende comprar] para uma nova venda.

Fernanda Nunes, empreendedora

O Sebrae a ajudou, por meio do programa Upgrade TI, a implantar um ERP (software de gestão empresarial que integra diversas partes da empresa, como financeiro, cadastro de clientes, estoque, vendas e recursos humanos) e um CRM (Sistema de Gestão de Relacionamento com o Cliente), que organiza e centraliza dados de clientes, permitindo atendimento personalizado, campanhas de marketing mais eficazes e integração entre equipes de vendas e marketing.

A implantação fez diferença para a empresa. “Dessa forma, a minha empresa hoje tem os números muito mais controlados e a experiência do cliente é muito mais assertiva”, afirma a empreendedora. “A gente tem o WhatsApp automatizado, CRM, e o cliente que não compra conosco é contactado pelo nosso CRM por até dois anos, em um fluxo de follow-up”, diz.

Fonte: SEBRAE
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