Não é para desanimar, mas você sabia que as chances de tudo dar errado são maiores do que dar certo? Isso porque, no Brasil, uma em cada quatro startups “morre” antes de 12 meses. Se estendermos esse período para quatro anos, a probabilidade de sobreviver é de apenas 50%. Depois de 13 anos, 75% vão desaparecer.
Mas, calma! Vamos dar algumas dicas para minimizar as chances disso acontecer te apresentando algo muito importante para você conhecer nesta sua jornada empreendedora: algumas dicas e métricas para startups e pequenas empresas.
Pontos de atenção
Existem pelo menos três aspectos que são determinantes para essas estatísticas: número de sócios envolvidos, volume de capital a ser investido e local onde a empresa está instalada. Vamos a eles.
Sócios
Em tese, quanto menos sócios, melhor: a falta de sintonia entre pessoas diferentes em um ambiente de alto dinamismo é um obstáculo para o sucesso. Mas isso não é uma ciência exata. Você tem que ter atenção porque muitas vezes vai precisar dos parceiros e sócios certos para seu negócio alavancar. Pessoas que complementem suas habilidades em prol da empresa. Então, a regra principal é: não tenha sócios por ter. Tenha apenas se eles agregarem, de fato, para o seu negócio.
Capital
Ao contrário do que se possa imaginar, investir uma grande quantidade de dinheiro em uma startup antes dela começar a faturar, diminui a possibilidade de sucesso. O importante é primeiro entender seu mercado e saber onde e como empregar o capital. Faça qualquer tipo de investimento com cautela e seguindo um plano de negócios estruturado.
Local
A localização da empresa é algo muito importante. É um ponto a ser cuidado com muito carinho. Isso por diversos aspectos. Startups situadas em aceleradoras, incubadoras e parques tecnológicos minimizam as chances de insucesso. Os custos de um espaço próprio para a empresa podem fazer a diferença entre continuar ou descontinuar o negócio.
Checando: verifique alguns indicativos
Agora você já tomou conhecimento de quais são as principais armadilhas e os fatores de risco para ficar de olho e manter a sua startup viva. Muito bem! A ideia da sua empresa se mostrou promissora e você já conseguiu validá-la. Ótimo!
Então está na hora de adotar controles. E as métricas para startups e pequenas empresas te ajudam a responder a uma série de questões fundamentais.
É tempo de saber se:
– Sua startup é viável financeiramente?
– Ela está crescendo com consistência?
– O que precisa melhorar?
– Devo tomar medidas para acelerar o crescimento?
Dependendo do negócio que você desenvolve na sua empresa, pode adotar uma métrica diferente. Mas toda startup deve ter o hábito de consultar e analisar suas métricas constantemente.
Algumas das métricas para startups e PMEs
MRR
Monthly Recurring Revenue ou Receita Mensal Recorrente. Utilizado para medir o quanto sua empresa consegue ter de receita mensal. Usado, sobretudo, quando a startup é um SAAS (software as a service). Para calcular, não se deve contar os serviços pontuais que a empresa presta, como matrícula ou adesão. Essa métrica te ajuda a ter uma melhor noção de quanto você vai conseguir faturar nos próximos meses.
Churn
É a contagem de clientes que cancelaram seu serviço. Normalmente é calculado por um número percentual durante um mês. Por exemplo, se você perdeu 10 clientes durante o mês e sua base total era de 200, significa que sua taxa de churn é de 5%. Nem preciso dizer que quanto menor esse número, melhor, né?
CAC
Sigla para Custo de Aquisição de Cliente. Para crescer, as startups destinam parte dos seus investimentos em marketing. Supondo que você invista R$ 1.000 em marketing e vendas por mês, é preciso que os clientes adquiridos por meio desses investimentos paguem, pelo menos, esses R$ 1.000 de volta durante um período. Por exemplo, se você conseguiu 10 novos clientes com esse investimento de R$ 1.000, cada um deles custou R$ 100. Se eles te pagam uma mensalidade de R$ 25, cada cliente só vai “se pagar” a partir do 4º mês. Se ele sair antes disso é prejuízo. São considerados os principais investimentos em marketing e vendas: campanhas online no Google Adwords, no Facebook Ads, salários dos profissionais ligados diretamente na aquisição de clientes e softwares que fazem a gestão disso.
Burn Rate
Startups têm, na maioria das vezes, aquele período inicial em que as receitas não cobrem os custos da operação. Ou seja, por um período, a empresa vai trabalhar “no vermelho”. Imagine que startup gasta R$ 10.000 a mais do que ela tem de receita. Esses R$ 10.000 são o burn rate dessa startup. Nesse caso, é hora de recorrer a um investidor para financiar a operação até que a se possa caminhar com as próprias pernas.
Break Even Point
Levando em consideração a explicação do Burn Rate, o Break Even Point é exatamente o momento em que a empresa já não consome mais recursos externos e pode se bancar sozinha atingindo o equilíbrio entre as receitas e despesas.
NPS
Net Promoter Score, ou NPS, é um indicador para medir o quanto o seu cliente está satisfeito com o serviço que sua empresa está prestando. Para isso, você faz uma pesquisa com eles perguntado qual a probabilidade de eles indicarem seu serviço para um amigo. Normalmente, a pergunta é feita em uma escala de 1 a 10. Para uma leitura completa sobre NPS e aprender como calculá-lo, acesse esse link. É bem completo.
Mãos à obra
Conhecer esses números te colocam numa posição muito mais ativa do que reativa. Ainda que cada uma dessas métricas para startups sejam úteis isoladamente, é importante que a análise seja feita de maneira integrada também. Cruzar esses dados pode te revelar muito sobre o seu negócio e qual caminho seguir.
Por exemplo: para que sua empresa cresça é preciso que o Churn esteja sempre (bem) abaixo da taxa de crescimento da startup.
Você pode cruzar também o valor do CAC com o período que o cliente permanece pagando pelo seu serviço. Só assim é possível avaliar se o CAC é alto ou não.
Por fim, por mais importantes que as métricas para startups e pequenas empresas sejam, é preciso adaptá-las à realidade do tamanho da sua empresa, do momento e estágio que ela está passando.
Fonte: Conube
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Fonte: Jornal Contábil
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