Duas novas linhas de crédito criadas pelo Banco do Povo Paulista devem injetar recursos nos pequenos negócios afetados pela pandemia.
A primeira linha, para Microempreendedores Individuais (MEIs), terá aporte de R$ 15 milhões, e vai liberar empréstimos de até R$ 15 mil a juro zero.
Já as micros e as pequenas empresas poderão solicitar até R$ 50 mil, com encargos entre 0,35% a 0,55% a.m. e pagamento em até 36 vezes.
Essa segunda linha vai liberar R$ 35 milhões no total para os pequenos negócios.
Para o MEI, o prazo para a quitação será de 24 meses, com até três meses de carência para o pagamento da primeira parcela.
Além de ter um avalista, o empreendedor deve contratar as garantias oferecidas pelo Fundo de Aval do Estado (FDA), mas ficará isento da Tarifa de Abertura de Crédito (TAC) e da Tarifa de Sustentabilidade do Fundo (TSF).
As avaliações são feitas nas unidades do Banco do Povo Paulista.
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O banco menciona as seguintes condições ao MEI: este financiamento deve ser o primeiro a ser solicitado; o microempreendedor não pode ter restrições creditícias no Serasa e no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin) estadual; deve ser capacitado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-SP) e participante dos Programas Super MEI, Empreenda Rápido ou de outros programas oferecidos pela instituição.
Para que o juro seja zerado, o governo passa a subsidiar essa linha de crédito.
Embora seja uma excelente alternativa para quem precisa de recursos, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) ainda considera o valor muito tímido para o número de empresas que poderiam ter acesso ao crédito com condições tão especiais.
Se todos que buscarem esse crédito optarem pelo valor máximo de empréstimo (de R$ 15 mil), haverá espaço para que os recursos sejam repassados a apenas mil microempreendedores.
Mesmo se, por hipótese, cada um optar por R$ 3 mil, o limite será de 5 mil MEIs a conseguirem o benefício.
Isso significa que essa medida atenderia somente a 0,2% do total de MEIs de comércio e serviços do Estado de São Paulo.
Nos últimos cinco anos, o número de MEIs duplicou no País, indo de 5 para 10 milhões, conforme as estatísticas do Portal do Empreendedor.
Apenas no Estado de São Paulo, estão registrados 2,8 milhões de MEIs; somente nos setores de comércio e serviços, o total é de 2,1 milhões, ou 75% do total no Estado.
É um número expressivo e são os MEIs que mais sofreram durante esta pandemia, pela falta de capacidade de acessar o crédito, pontua a FecomercioSP.
Vale ressaltar que o Banco do Povo já oferecia boas condições para os MEIs.
A linha tradicional do banco tem juros de até 0,7% a.m, com limite de crédito de até R$ 21 mil, se houver operações anteriores com a instituição.
O prazo de pagamento geralmente é de 36 meses, incluída a carência de até três meses para o pagamento da primeira parcela.
As linhas de crédito do Banco, destinadas ao combate da crise da pandemia sobre as empresas do Estado, variam entre R$ 200 e R$ 21 mil; e o limite de concessão de crédito sem avalista passou de R$ 1 mil para R$ 3 mil.
Essa linha está disponível para microempresas, Eireli, LTDA e microempreendedores urbanos e rurais, inclusive os informais.
Crédito para pequenas empresas
A outra linha de crédito liberada pelo Banco do Povo é destinada aos micros e aos pequenos empresários.
Essa linha terá a cobrança de juros, mas em um percentual entre 0,35% a 0,55% a.m., com carência de três meses e 36 meses de parcelamento.
Neste caso, o valor aportado pelo Estado é de R$ 35 milhões para empréstimos de até R$ 50 mil.
Para ter direito a ambas as linhas de crédito, é necessária a realização de um curso rápido online, e, também, que o CNPJ não esteja negativado no Serasa ou no Cadin estadual.
Para quem se enquadra nestas condições, é uma ótima forma de conseguir um capital de giro barato.
Não há, no sistema financeiro, outras linhas subsidiadas como essas duas.
Este é o momento para pegar crédito?
É importante que o empresário tenha um plano de ação na retomada da economia paulista.
Ou seja, deve saber o que fazer com esses recursos para que consiga aumentar a receita do negócio.
Obter o crédito para arcar com compromissos antigos e não ter saída para a crise só tornará a empresa inadimplente e sem capacidade de comprar insumos ou equipamentos para a produção e venda.
A FecomercioSP vem orientando os empresários a buscarem formas alternativas de pagamento, principalmente por meio de aplicativos como PicPay, AME Digital, Mercado Pago, etc.
Essa é uma opção para que o negócio não tenha de arcar com os custos das maquininhas de cartão.
Também é importante buscar fornecedores de insumos que garantam descontos e formas de pagamentos facilitadas.
Isso dará uma margem maior na venda dos produtos ou um fôlego de caixa para investimentos.
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Fonte: FecomercioSP
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Fonte: Jornal Contábil
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