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Pela primeira vez encontramos quatro gerações convivendo juntas no mercado de trabalho – ou, pelo menos, deveríamos. Isso porque, a cultura corporativa exige estagiários com experiência, mas descarta profissionais com conhecimento de sobra. O filme “O Senhor Estagiário”, com Robert De Niro, se tornou um clássico sobre este assunto. Nele, o viúvo Ben Whittaker, de 70 anos, está tentando voltar ao mercado de trabalho e começa como estagiário sênior em um site de moda. O tema ganhou destaque em 2015, quando foi lançado, e gerou iniciativas para formar equipes mais plurais. Por aqui, equipes heterogêneas sempre foram a regra e, por isso, podemos testemunhar seus benefícios. 

A troca intergeracional é muito rica. O jovem chega sabendo tudo (ou quase) sobre o mundo tecnológico e aquilo que ainda não sabe, descobre rápido, na velocidade de um clique. Já os profissionais com mais idade trazem o conhecimento que não está disponível online, o olhar certeiro de quem coleciona experiências. Há outro aspecto importante nesta equação: o fator humano. Conforme a medicina avança e a expectativa de vida aumenta, é injusto colocar profissionais com mais de 50 anos na zona “velho demais para recomeçar, novo demais para aposentadoria”. É preciso permitir que aproveitem a vida sendo útil. Na minha família, por exemplo, tenho uma tia de 74 anos, funcionária pública, super ativa e feliz.

A questão não é privilegiar uma ou outra geração. A pergunta que coloco é: por que excluir quando podemos tirar o melhor de cada uma? Os Baby Boomers, nascidos entre 1945 e 1964, buscam estabilidade e, em troca, oferecem um alto comprometimento com as empresas. A geração X (1964 e 1980) passou pela máquina de escrever, pelo computador de mesa e hoje convive bem com os smartphones e domina todos os procedimentos independente da tecnologia. Os Millennials (1980 – 1994) nos ensinaram que mudar é positivo e que cabe às empresas cuidarem do bem-estar dos colaboradores. Já a geração Z, que entra agora na equipe, traz questionamentos que apenas os nativos digitais poderiam nos fazer. São disruptivos, engajados e os únicos que sabem explicar o que é “Cringe”. 

Hoje, à frente da Rayflex, com uma equipe composta por estagiários sem experiência e profissionais com mais anos de mercado do que os jovens de idade, não me sinto obrigada a saber tudo porque estou cercada por especialistas com destaque em suas áreas de atuação e dispostos a contribuir comigo diariamente.  Conto com pessoas acima dos 50 anos me assessorando e aprendendo junto comigo e a meta para 2022 é que 5% dos colaboradores da Rayflex estejam nessa faixa etária. Acredito na gestão mista e, quanto mais diferenças, melhor. Há mais de 30 anos a Rayflex oferece portas rápidas ao mercado e, por isso mesmo, nós as mantemos abertas para homens, mulheres, jovens, experientes, os quais todos são bem-vindos.

Por Giordania R. Tavares

Diretora da Rayflex, Giordania R. Tavares é graduada em administração pela UNICID, com especialização pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. 

O post Mercado de trabalho de portas abertas aos profissionais 50+ apareceu primeiro em Jornal Contábil – Contabilidade, MEI , crédito, INSS, Receita Federal.

Fonte: Jornal Contábil
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