Mês da Mulher: Importância da vacina contra o HPV

O HPV (Papilomavírus Humano) é a doença sexualmente transmissível mais comum no mundo e que pode desencadear graves problemas de saúde, entre eles o câncer de colo do útero, o terceiro tipo mais comum entre as mulheres no Brasil e principal causa de morte entre mulheres na América Latina e no Caribe, segundo a Organização Panamericana da Saúde. Esse câncer mata mais de 35 mil mulheres a cada ano nas Américas sendo que 80% dos óbitos ocorrem na América Latina e no Caribe. Mas esses números podem ser reduzidos em cerca de 90% com a aplicação da vacina contra o HPV.

O Ministério da Saúde em conjunto com muitos países do mundo se comprometeu junto à Organização Mundial de Saúde a alcançar até 2030 a meta de 90% de cobertura da população vacinável, para conseguir eliminar o câncer de colo de útero. Porém, em 2021, a cobertura vacinal no Brasil – para as duas doses – contra o HPV para meninas de 9 a 14 anos, foi de 57,5% e, para os meninos de 11 a 14 anos, o índice foi ainda menor: 36,6% (a inclusão de meninos com 9 e 10 anos ocorreu em setembro de 2022).

Para Marlene Oliveira, presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida, é importante que as pessoas, principalmente às meninas com idade entre 9 e 14 anos, recebam a aplicação da vacina contra o HPV. “Nesse 8 de março queremos alertar as famílias e cada cidadão sobre a importância da prevenção contra o câncer por HPV. Essa doença impacta fortemente a vidas das brasileiras e no nosso país a vacina está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde, o que deveria ser um fator preponderante para tornar o acesso à vacina ainda mais fácil e amplo, considerando que o nosso país tem um dos maiores programas nacionais de imunização do mundo”, reforça a empreendedora social.

Além do câncer de colo de útero, o vírus do HPV também está relacionado a outros tipos de câncer, como de vagina, de vulva, de pênis, de ânus, de boca e de garganta, além de verrugas genitais, anais e lesões pré-cancerígenas. Atualmente, a vacina é indicada para meninas e meninos de faixa etária entre 9 e 14 anos (duas doses) sendo que quanto mais cedo for aplicada, maior proteção contra o vírus. Essas faixas etárias são recomendadas, pois, a eficácia aumentada quando administrada antes do contato com o vírus, que é transmitido principalmente por contato sexual.

“Há anos que estamos patinando sem conseguir atingir as metas estabelecidas pelo Ministério da Saúde para a cobertura vacinal, que pode contribuir par ao Brasil ficar sem o câncer por HPV. Por isso, é importante disseminar informações qualificadas, que combatam as fakes News e valorizem a mensagem de que a vacina é segura e eficaz”, ressalta Marlene.

O Instituto Lado a Lado tem realizado campanhas de conscientização, por meio da veiculação de filmes para TV e internet, peças para mobiliário urbano e redes sociais, além de eventos de grande visibilidade, como foi a iluminação do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, em dezembro de 2021 e 2022. “Nossa organização não pode ser uma voz isolada. É fundamental que uma ampla rede de apoio dê eco para que a cobertura vacinal de adolescentes no Brasil avance, sensibilizando pais, familiares, e, principalmente, os próprios adolescentes”, complementa Marlene.

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Como está a cobertura vacinal no Brasil?

Os números oscilam entre os estados brasileiros e o Paraná foi o que alcançou o melhor índice de cobertura com duas doses, com 78,6% para meninas e 62,42% para os meninos. Na sequência, aparecem Santa Catarina, com 71,4% de meninas vacinadas e 53,5% dos meninos e Minas Gerais com 69,2% de meninas vacinadas com a segunda dose e 48% dos meninos.

Entre as cidades brasileiras, há uma boa surpresa. Segundo dados do Programa Nacional de Imunizações, em 2021, a cidade de Nova Mutum (MT) vacinou com duas doses 85,6% das meninas e 63,2% dos meninos. O Instituto Lado a Lado pela Vida identificou que esse resultado foi alcançado devido às ações adotadas pela Secretaria de Saúde local que incluem intensa ação de mobilização e conscientização da população por meio de campanhas de informação nas escolas, nas UBS (Unidades Básicas de Saúde) e locais de grande circulação.

Fundado em 2008, o Instituto LAL é a única organização social brasileira que se dedica simultaneamente às duas principais causas da mortalidade – o câncer e as doenças cardiovasculares – além do intenso trabalho relacionado à saúde do homem.

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Fonte: Jornal Contábil
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