Metaverso é a “porta de entrada” para o consumo virtual, e empresas concentram pesquisas em 6 áreas de negócios, segundo PwC

O metaverso será a grande “porta de entrada” para o consumo virtual e físico de serviços e produtos, motivo pelo qual as empresas investem quantias bilionárias em experiência de uso e novos negócios, afirma a consultoria PwC, no estudo Imersos no metaverso publicado em 03/03.

“Como o metaverso é uma rede de mundos virtuais que reúne várias tecnologias existentes, ele pode se tornar, em um futuro próximo, porta de entrada para a maioria das experiências on-line – e, portanto, a principal plataforma para as interações do mundo digital com o mundo físico”, de acordo com a consultoria.

Nas principais plataformas de metaverso, quantias bilionárias são movimentadas a cada ano pelas empresas. Como exemplo, Sony e Kirkbi (Lego Group) investiram no ano passado US$ 2 bilhões na Epic Games, desenvolvedora do Fortnite, para financiar a construção de um metaverso de jogos. Outro negócio que chamou a atenção em 2022 foi a compra de um terreno virtual na plataforma The Sandbox pela startup americana Ei.Ventures, por quase US$ 2,2 milhões.

Por que investir?

Segundo a PwC, as oportunidades de negócio no metaverso que as empresas buscam são baseadas em novas experiências de uso virtual, porém de alguma ligadas ao mundo físico. “Consumidores e organizações poderão criar identidades digitais, com novas regras de governança e experiências digitais mais imersivas, que capturem atenção e, em última análise, receitas”, conforme estudo.

Nesse novo mundo virtual, as pessoas vão interagir umas com as outras por meio de uma identidade digital diferente do mundo físico – o avatar –, onde a experiência sensorial tem valor. “É um lugar onde conhecer, comprar, comunicar e aprender são experiências que acontecem através de um avatar. É um ciberespaço que você pode acessar com PC, smartphone ou equipamento de AR/VR (sigla para realidade aumentada e realidade virtual).”

O que as empresas fazem

A PwC listou as principais experiências interativas no metaverso que as empresas desenvolvem para atender aos usuários. São elas:

1) Enriquecer a experiência com o cliente, onde a experiência do cliente torna-se imersiva;

2) Introduzir um catálogo de produtos para o metaverso, com produtos específicos criados para o ecossistema;

3) Coletar novos dados sobre o cliente, pois ele é um avatar no metaverso e perfis e segmentação adicionais são possíveis de desenvolvimento;

4) Criar sinergias entre o mundo real e o virtual, visto que os ambientes digital e físico estão interligados e se capacitam com produtos em ambos os mundos ou serviços específicos;

5) Aceitar pagamentos digitais e criptomoedas, sendo que as moedas virtuais serão cada vez mais usada e se consolidarão como opção de receita para as marcas

6) Introduzir novas funções, hardware e espaços imersivos, já que as organizações precisam mudar e se adaptar às novas habilidades exigidas por um mundo imersivo

NFTs

A PwC também mencionou que as NFTs são outra oportunidade real de negócios. Os NFTs são tokens não fungíveis que representam a propriedade digital de um ativo, como obras de arte ou imóveis atrelados à sua contrapartida física. Eles são exclusivos e não intercambiáveis e podem ser vendidos tanto em frações como em sua totalidade.

Segundo a fintech Block, o volume de negócios nas principais bolsas de NFT superou US$ 55 bilhões nos últimos 12 meses. Destaque para os segmentos esportivo e musical, onde músicos têm usado NFTs para comercializar versões exclusivas de álbuns single, ingressos para shows ou faixas bônus exclusivas, além de receber royalties de transações com suas músicas.

“Além disso, se os fãs ajudarem a financiar a criação de um NFT de música, eles podem compartilhar o retorno das vendas da obra, o que cria uma base de fãs engajada de forma única”, conforme estudo.

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Fonte: Portal Contnews
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