Nesta semana, o Conselho Regional de Contabilidade do Rio de Janeiro (CRCRJ) tomou conhecimento da exoneração de auditores que faziam parte de comissão criada para investigar irregularidades na gestão dos hospitais de campanha.

A exoneração, atípica para cargos dessa natureza, também atingiu o então Corregedor da Secretaria de Estado de Saúde, Thiago Couto Lage, responsável por criar a comissão, cujo trabalho de investigação do superfaturamento de contratos culminou no afastamento do governador Wilson Witzel e na prisão do ex-secretário de Saúde Edmar Santos.

O CRCRJ, enquanto órgão responsável por fiscalizar o exercício da profissão contábil, oficiou na quinta-feira (01/10) a Secretaria Estadual de Saúde (SES) para ter esclarecimentos sobre a exoneração em massa da equipe de controle interno, composta em sua totalidade por profissionais da contabilidade.

Esses cargos, de extrema importância para fiscalizar a gestão pública, são estritamente técnicos e a indicação precisa levar isso em consideração. A escolha dos profissionais que compõem o setor de controle interno não deve ter motivação política, uma vez que o trabalho dos auditores é investigar internamente a gestão dos recursos públicos. O CRCRJ, enquanto órgão fiscalizador, precisa tomar conhecimento dos fatos para apurar se houve irregularidades que justifiquem essas demissões.

O CRCRJ reitera que todos os profissionais exonerados são contadores registrados e que esse movimento, caso injustificado, é uma sinalização de enfraquecimento dos mecanismos de controle e, em última instância, do combate à corrupção.

Por Conselho Regional de Contabilidade do Rio de Janeiro

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Fonte: Contabilidade na TV
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