De antemão, vale ressaltar que o salário mínimo passa por um reajuste anualmente visando evitar a perda do poder de compra do cidadão. Para isto ocorrer, o piso deve ao menos acompanhar a inflação obtida no ano anterior para que não haja uma perda real.
Neste sentido, caso a inflação avance, de modo a aumentar o preço de produtos essenciais tais como alimentos, medicamentos, conta de energia elétrica e de água, e o piso nacional não acompanhar esse aumento, naturalmente o cidadão será prejudicado. Sendo assim, constitucionalmente o salário mínimo deve ser corrigido conforme a taxa inflacionária.
Entendido isto, confira no decorrer do artigo qual é a estimativa do governo de como estará a inflação até o fim deste ano, bem como o valor do piso para 2022, diante da referida previsão.
Salário mínimo para 2022
Conforme a previsão do Ministério da Economia com base no cálculo do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação do país já chega a uma alta de 8,4%.
Vale ressaltar que para 2022, o salário mínimo deve ser de R$ 1.192,40, ou seja, apenas acompanha a inflação, não a superando, de modo que não haverá nem perdas, nem ganho real. Diante disso, o piso nacional terá um aumento de apenas R$ 92,40, em comparação com atual (R$ 1.100).
Cabe salientar que a última vez que o piso nacional foi corrigido acima da inflação ocorreu de 2018 para 2019, ainda sob gestão de Michel Temer. Neste contexto, o Reajuste foi de 4,61% corrigindo o salário mínimo para R$ 998
Novo piso, impacta no valor de benefícios do governo
Cabe enfatizar, que a correção do salário mínimo também impacta diretamente o valor pago por benefícios governamentais, como a aposentadoria, auxílio-doença, seguro-desemprego, abono PIS/Pasep, entre outros.
É preciso entender que por lei, nenhum benefício concedido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) pode ser concedido em um valor abaixo do salário mínimo. Ademais, todo e qualquer “salário” pago pela esfera pública parte um piso, logo, o teto recebido nos referidos programas também se altera.
Para um melhor entendimento, o máximo pago pelo instituto atualmente corresponde à R$ 6.433,57, caso a previsão do governo se concretize, de forma que o piso salarial seja corrigido para R$ 1.192,40, o teto do INSS será de R$ 6.973,99.
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Fonte: Jornal Contábil
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