Por Paulo Kretly

Considerada por muitos como a maior e mais grandiosa produção da história da televisão, Game of Thrones é repleta de elementos de fantasia e criaturas místicas como dragões, zumbis (white-walkers), continentes fictícios e batalhas épicas. ççç

Na 8º temporada de Game of Thrones identificamos três tipos de líderes e notamos uma mudança nítida na reação dos subordinados a cada troca de liderança. O perfil de um comandante é algo que afeta muito os integrantes de uma organização e no caso de Game of Thrones toda uma população leal a um rei ou a uma rainha.

Nas temporadas passadas de Game of Thrones, Jon Snow foi eleito Rei do Norte por todas as grandes casas do Norte e também pelo Povo Livre ao conquistar a confiança de todos em diversas batalhas e pela sua habilidade de liderança.

Agora vamos supor que você conseguiu seu posto de líder com muito esforço e dedicação, e pouco tempo depois você simplesmente indica uma pessoa nova, que você acredita ser melhor para o trabalho, para tomar o seu posto. Como seus colaboradores reagiriam a essa decisão? Em Game of Thrones é visível o desgosto do povo do Norte com a nova rainha auto proclamada Daenerys Targaryen. Não tenha dúvidas que essa será a reação da sua equipe na mesma situação.

O que ‘Game of Thrones’ pode nos mostrar sobre liderança?

Os tipos de líderes da última temporada – Jon Snow, Daenerys Targaryen e Cersei Lannister podem ser divididos em dois tipos diferentes de líderes.

1. JON SNOW, O LÍDER ELEITO.

Depois de muitas temporadas de lutas, guerras, treinamento e até renascimento, Jon Snow conquistou a confiança de todo o norte de Westeros e de muitos outros que o seguiriam cegamente mesmo se fossem direto para a morte. Isso acontece muito no mundo corporativo. O lídereleito geralmente tem respeito e confiança total de suas equipes.

2. DAENERYS TARGARYEN, A LÍDER AUTORITÁRIA.

Daenerys é um grande exemplo de liderança. Ela tem muitas qualidades diferentes de um líder: pode ser classificada como “eleita”, por causa de suas ações de libertação dos escravos (por isso foi acolhida pelopovo de Meereen), e como líder autoritária, em função do seu comportamento. A líder autoritária pode até ser boa em sua função, mas molda suas equipes de uma maneira extrema por meio de demissões, mudanças bruscas na formação do time, decisões arbitrárias e, no caso de Daenerys Targaryen, com sentenças de morte.

3. CERSEI LANNISTER, A LÍDER AUTORITÁRIA CARRASCA.

Cersei também é uma líder autoritária, porém, diferente de Daenerys, tem as piores intenções possíveis e faz de tudo para causar o máximo de dor e desespero. Isso se aplica a líderes autoritários que não se dão ao trabalho de compreender antes de serem compreendidos, e que acham que se a equipe não está do seu lado deve ser descartada e trocada por outra, ao invés de investir tempo para adaptá-la ao seu objetivo.

Game of Thrones é uma das melhores séries dos últimos tempos porque aborda temas atuais em um ambiente medieval, levando ao extremo vários aspectos do convívio social e profissional. Um dos temas mais abordados é a liderança uma vez que o alvo principal de todos os personagens da série é ocupar o Trono de Ferro, fonte do controle dos 7 reinos. Isso pode ser traduzido, também, na disputa pela cadeira de gestor, seja este coordenador, COO ou CEO.

O fato é que podemos realizar muito pouco sozinhos e, refletindo sobre o GOT, me lembrei de algo que aprendi com Dr. Stephen R. Covey, em seu livro, O 8º Hábito: “Liderar é comunicar às pessoas seu valor e seu potencial de forma tão claras que elas acabem por vê-los em si mesmas”. Para ocupar o Trono de Ferro e controlar os 7 reinos, ou qualquer outra posição, o líder sempre vai precisar de ajuda de seus súditos ou subordinados e, seria ótimo que estes se sentissem representados por ele.

AULO KRETLY é presidente da FranklinCovey Brasil – empresa líder mundial em eficácia corporativa e pessoal. Mestre em Administração de Empresas e graduado em Pedagogia, possui especialização em Administração e Marketing pela Fundação Getúlio Vargas e MBA com especialização em Marketing pela Hawthorne University, de Utah/USA.

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Fonte Jornal Contábil