O Sebrae, em parceria com a Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), recebeu empresários internacionais de renome no palco do Startup Summit 2024. O último dia do evento contou com a participação de Orkut Buyukkokten, criador da rede social que leva o seu nome, para falar sobre “Saúde Mental e mídias sociais” e do CEO da ASW, Álvaro Echeverría, que falou sobre a cultura de inovação da Amazon.
“É tão bom estar rodeado de pessoas com quem eu posso compartilhar minha paixão por tecnologia, e claro, redes sociais”, afirmou Orkut nos primeiros minutos da apresentação. Ao longo da palestra, o empresário falou sobre os bastidores da criação da primeira rede social existente e, por meio de dados estatísticos, refletiu sobre os impactos das mídias para a saúde mental, principalmente de adolescentes.
“No Google eu queria dar oportunidade a todos na sala para se conectar. Então, eu comecei a desenvolver uma rede social. E aí lancei o Orkut. E a partir disso outras redes sociais surgiram para conectar as pessoas. Inicialmente, esses sites ofereciam um espaço online para autoexpressão e possibilitava a comunicação entre as pessoas. Nos dias de hoje, usam as redes sociais como um álbum digital, para compartilhar novidades sobre as próprias vidas”, contou o engenheiro de software.
Orkut ainda falou sobre como os algoritmos manipularam o consumo de informações pelas redes sociais e pioraram problemas de ansiedade e depressão. “As mídias sociais amplificam nossos sentimentos de estar excluídos, isolados e invisíveis. Mídias sociais eram para nos aproximar, mas nunca nos sentimos tão sós. E o que é alarmante é que as empresas sabem disso, mas não fazem nada a respeito”, lamentou.
Outro aspecto problemático apontado por ele é a supervalorização do engajamento em detrimento de conexões “autênticas e genuínas”. “A mídia social hoje está muito armada para obter mais engajamento, porque quanto mais propaganda, mais receita. Eu acredito em um tipo diferente de mídia social, que reúne as pessoas e cria comunidades. A mídia social está dividindo a nossa sociedade e afetando a nossa democracia”, avaliou o especialista em tecnologia.
Apesar das notícias pessimistas, ele adotou um tom otimista quanto ao potencial das redes sociais. “A verdade é a seguinte: a mídia social é uma parte da nossa vida e vai ser uma parte até maior no futuro. Elas estão influenciando relacionamentos, comunidades, corporações e governos. Com a otimização dos algoritmos podemos trazer as comunidades juntas e reverter o efeito das redes sociais de negativo para positivo. Eu acredito que a tecnologia e as mídias sociais têm um poder de mudar as nossas vidas e o mundo para melhor”, concluiu.
Consumidor no centro
A Amazon também marcou presença no evento, com a apresentação de Álvaro Echeverría, CEO da ASW com o tema “Cultura da Inovação da Amazon”. Em palestra didática, o empresário compartilhou os insights sobre os princípios e práticas que fazem da Amazon uma das empresas mais inovadoras do mundo. “Como a Amazon inova? Como é o trabalho de lançamento de novos produtos? Hoje vou mostrar exatamente como nós fazemos isso”, propôs no início do diálogo.
Segundo Álvaro, os consumidores estão no centro da estratégia de inovação da marca. “O consumidor está no centro de tudo que fazemos. Nós gastamos um grande tempo e investimos um grande esforço em mergulhar fundo para entender as preferências, necessidades e frustrações dos consumidores. E só então, ao entendermos essas questões, que criamos soluções e experiências que os encantem”, explicou.
Para a Big Tech, a inovação não é feita de forma aleatória, mas sim com base em um planejamento prévio a partir das vontades dos consumidores. “Os consumidores nunca estão 100% insatisfeitos. Mesmo se estão felizes, eles têm ideias, recomendações e feedbacks. Então, tendo os consumidores no centro, a inspiração é ilimitada”, completou o empreendedor.
A Amazon se destaca por ser um negócio com diferentes produtos e/ou serviços, passando de venda de livros, criação de dispositivos até streaming. Álvaro entregou que o segredo para administrar negócios tão diferentes se deve à tentativa constante de melhorar a experiência do consumidor. E ainda entregou a fórmula infalível para a inovação: preço, seleção e conveniência. “Se você for pensar, em 20 anos, esses critérios ainda serão importantes para os consumidores como eram anos atrás”.
De acordo com ele, a empresa também possui uma grande abertura a feedbacks, tanto externos, quanto dos próprios colabores, o que fortalece a cultura de inovação. Por fim, ele elencou quatro pilares da inovação: Cultura, Arquitetura, Mecanismos e Organização.
Fonte: SEBRAE
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