Por Maristela Girotto
Comunicação CFC
“Atualidades das IFRS”, tradicional painel da Conferência Brasileira de Contabilidade e Auditoria Independente, evento promovido, anualmente, pelo Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon), fechou a programação da 10ª edição do Conferência, nesta sexta-feira (11).
Para debater o tema, participaram do painel Eliseu Martins, professor emérito da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP), consultor e parecerista da área contábil; Renata Bandeira, membro do International Financial Reporting Interpretations Committee (Ifric) e diretora de Controladoria da Azul Linhas Aéreas; Tadeu Cendón, membro do International Accounting Standards Board (Iasb); e Valdir Coscodai, diretor Técnico do Ibracon.
Projetos do Iasb
Contador brasileiro que representa a América Latina no Board do Iasb, Tadeu Cendón apresentou o estágio atual dos projetos do organismo emissor das normas IFRS – International Financial Reporting Standards, detalhando as matérias que estão em audiência pública e as que ainda serão objeto de consulta. Ele também falou sobre a pandemia de Covid-19, os relatórios de sustentabilidade e a agenda do Iasb para os próximos anos.
“Mesmo com a pandemia, tivemos uma produção grande e uma interação bastante ampla com os stakeholders”, afirmou Cendón, lembrando dos vários outreachs (mesas de debates virtuais) realizados, inclusive em português. Segundo o membro do board do Iasb, o Brasil tem mostrado engajamento e apresentado contribuições em todos os processos de emissão de normas.
Entre os projetos destacados por Cendón, constaram o de Demonstrações Financeiras Primárias, a segunda revisão do IFRS para Pequenas e Médias Empresas, o de Goodwill e Impairment, o de Combinações de Negócios sob Controle Comum e o de Dynamic Risk Management (macro-hedge).
Já Renata Bandeira falou sobre como funciona o International Financial Reporting Interpretations Committee (Ifric), que é um órgão interpretativo e trabalha com o Iasb no apoio à aplicação das normas IFRS. “Muitas respostas das questões que chegam ao Comitê estão dentro das normas, mas nem sempre sé fácil interpretá-las”, disse a contadora.
O Ifric responde a perguntas sobre a aplicação das normas, emitindo agenda decisions. “O Comitê leva de cinco a seis meses para responder às consultas”, informou Renata, que compõe uma das 14 cadeiras do grupo.
Por sua vez, o professor Eliseu Martins falou especificamente sobre o Discussion Paper do Iasb Business Combinations—Disclosures, Goodwill and Impairment, que estará recebendo comentários até 31 de dezembro de 2020.
Martins fez uma série de ponderações sobre esse projeto, que, para o Iasb, tem o objetivo de melhorar as informações que as empresas fornecem sobre suas aquisições. O professor falou, entre outros pontos, sobre a dicotomia entre a amortização e o impairment e expressou preocupação em relação a alguns aspectos do Discussion Paper.
Finalizando as apresentações, Valdir Coscodai comentou sobre alguns pontos abordados pelos palestrantes e focou sua fala na importância dos relatórios de sustentabilidade. O diretor Técnico do Ibracon destacou a audiência pública da Fundação IFRS, que publicou um Consultation Paper para buscar contribuições sobre algumas questões, como: há necessidade de padrões globais de sustentabilidade? a Fundação IFRS deve desempenhar um papel? e qual poderia ser o escopo dessa função?
Fonte: Contábeis
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