Por Thatyane Nardelli
Comunicação CFC
Realizada nesta quinta-feira (12), a primeira parte do Seminário de Tecnologia e Inovação do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) apresentou a palestra “Blockchain e os impactos para a contabilidade”, ministrada pelo Innovation & Transformation/ co-funder da KPMG & Distrito Leap, Oliver Cunningham, e pelo diretor da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Antônio Carlos Amorim. Angela Dantas, conselheira do CFC, moderou o painel.
O blockchain, uma tecnologia que registra movimentações virtuais em várias partes do mundo, tornou-se conhecido mundialmente em 2013, quando as transações com bitcoins dispararam no mercado. “Se pesquisarmos sobre o blackchain na internet, muitas respostas trazem um cenário catastrófico para o mundo”, afirmou Antônio Carlos, diretor da Fiesp. “O importante é a gente saber que blockchain são dados, mas são dados permanentes, transparentes e compartilháveis. A partir disso, podemos dizer que passa a ser a estrutura fundamental que vai sustentar as novas tecnologias, mais interessantes, como a Inteligência Artificial (AI), arte e ativos financeiros. O blockchain traz a internet de valor”, explicou ele.
Segundo a pesquisa de 2018 da PwC, 84% dos executivos respondentes afirmaram que as empresas já tinham algum tipo de envolvimento com o sistema de registros, demonstrando, já à época, com muita rapidez. “Precisamos ressaltar que esses intermediários, os empresários e executivos, precisam entender que o papel deles não é só garantir a segurança dos dados, mas agregar valor com mais investimento em tecnologia para que a transformação digital aconteça”, ressaltou Carlos. Com uma estrutura de alta segurança, há um grande potencial de a tecnologia ajudar, por exemplo, nos processos contábeis, facilitando o trabalho dos clientes e dos contadores.
O co-funder da KPMG & Distrito Leap, Oliver Cunningham, abriu sua apresentação afirmando a complexidade e o quanto o blockchain abrange diversos temas e vai impactar a contabilidade e os demais setores que movem o mundo. “Precisamos tomar cuidado ao compararmos a automação que está acontecendo neste momento com todo o impacto que o blockchain vai trazer no futuro”, explicou Cunningham.
De acordo com ele, quando falamos de ambientes descentralizados, lembramos que eles devem trazer necessariamente um nível de concordância. “Quando o Banco Central mexe na taxa de juros, em uma quarta-feira, no dia seguinte ela está vigente. Os modelos descentralizados são extremamente eficientes em trazer uma informação do centro para a ponta em uma velocidade muito grande, mas isso tende a ser apenas um modo direcional”, explicou. “Precisamos começar a repensar o tipo de ambiente onde os sistemas são aplicados, porque o blockchain funciona e tem impacto quanto ele coloca uma série de entidades dentro de um mesmo ambiente, com uma forma de trabalhar segura e aceita”, completou.
Para finalizar, ele destacou que ainda que a contabilidade não sinta o impacto do blockchain de forma generalizada, é necessário estar pronto para se adequar a esta tecnologia. “O CFC é um órgão vital nesse processo e o profissional da contabilidade é muito importante nessa transformação”, finalizou Oliver. Assista à palestra completa: CLIQUE AQUI.
Fonte: Contábeis
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