Há praticamente dois anos, mais precisamente no início do mês de abril de 2020, o mundo todo foi surpreendido por uma nova pandemia, que até então, não se tinha muita explicação sobre seu surgimento, origens e possíveis consequências.
Logo no início, havia quem dissesse que o avanço do coronavírus não perduraria por tanto tempo e que em breve as vidas da maior parte da população seriam normalizadas, novamente.
No entanto, avançamos dois anos e somente agora que conseguimos ver alguns sinais mais claros e concretos sobre o regresso da pandemia de coronavírus.
Uma crise sanitária que chegou a matar cerca de 650 mil pessoas no nosso país, hoje, está em um quadro um pouco mais controlado e vemos, por exemplo, o iminente retorno das aulas presenciais, a reabertura do comércio e a flexibilização em restrições sanitárias.
Tudo isso foi possível apenas devido ao avanço da vacina e da cobertura vacinal em todo o território brasileiro. Apesar de toda a população ainda não ter sido vacinada, a maior parte do país já possui seu esquema vacinal praticamente completo.
Mas, dispensa comentários que com estes dois anos de restrições, fechamento do comércio e continuidade das aulas de maneira remota, consequências graves foram vistas em todo o país.
Por exemplo, no campo da ciência, grande parte da produção científica nacional foi interrompida e adaptada, visando atuar na contenção do avanço da pandemia. Com isso, muitos alunos, apesar de estarem com seu projeto de pesquisa pronto para TCC, precisaram esperar e tiveram seus projetos interrompidos por tempo indeterminado.
O mesmo ocorreu em nível de pós-graduação. Várias bolsas, oportunidades de estudo e projetos de mestrado e doutorado foram abortados durante este período.
Como exatamente isso ocorreu? Quais foram as consequências diretas da interrupção na produção científica em nosso país?
A formação de uma frente de combate ao COVID
Imagine uma guerra. Para o cidadão civil, o surgimento de uma guerra na qual seu país participa pode indicar a necessidade de este civil ir para a guerra, independentemente de ele ter se preparado e treinado para a ocasião.
O surgimento da COVID-19 e seu avanço ao redor do mundo significou praticamente a mesma coisa para a comunidade científica.
Vários pesquisadores que nunca haviam trabalhado com coronavírus em sua vida, mas possuíam uma certa bagagem no trabalho com microrganismos, precisaram voltar seus esforços para o Sars-CoV 2, o vírus causador da COVID-19.
Logo, foi possível observar um grande boom na pesquisa científica durante a pandemia, de modo que muitos trabalhos de pesquisa passaram a ser desenvolvidos na área, justamente através da formação de uma força tarefa para impedir o avanço da pandemia.
Não só os pesquisadores que já trabalhavam com algum modelo biológico similar, mas também médicos, enfermeiros, biomédicos e vários outros profissionais das comunidades científica e médica precisaram entrar de cabeça nesta luta.
Um grande exemplo de pesquisa pronto na área sanitária adaptado à pandemia pode ser visto no desenvolvimento de máscaras com íons de ferro, desenvolvidas em laboratórios da Unicamp e de várias outras universidades, em parcerias com a mesma.
O grande boom no número de pesquisa nos últimos anos
Como vimos, houve um aumento inegável na produção científica mundial em virtude do avanço da pandemia de coronavírus.
Porém, como esperado e como também aponta o periódico da Universidade de São Paulo, este crescimento na produção científica foi alimentado pelo avanço da COVID.
Muito mais pesquisas foram realizadas pois surgiu uma emergência sanitária em escala global que requer a atuação dos cientistas e pesquisadores durante a maior parte do tempo.
Desde projetos simples prontos, até análises e revisões de projetos prévios sob as normas da ABNT foram realizados neste período. Qualquer investigação e pista existente em artigos já publicados seria de extrema ajuda para auxiliar os cientistas neste momento.
Hoje, basta uma rápida busca para identificar que a lista de estudos e pesquisas relevantes no meio científico está diretamente associada à pandemia. Para se ter ideia da forma que a pandemia impactou a produção científica, em escala mundial o número subiu cerca de 26%.
Novamente, todo este boom foi graças à pandemia. Longe de ser uma coisa positiva, mas é interessante ver a união da comunidade científica mundial em prol de uma única causa.
Há efeitos negativos desta produção em massa?
É sabido que existe um lado positivo e um lado negativo para tudo nesta vida. Desta forma também é o boom na produção científica visto do início do ano de 2020 até hoje. Há um lado positivo e um lado negativo de todo este esforço.
Com muitos cientistas migrando sua pesquisa para o combate e a investigação frente ao coronavírus, diversas áreas de estudo se tornaram estagnadas durante este período, vendo uma queda drástica em sua produção.
Grande exemplo desta interrupção pode ser visto nas campanhas de vacinação para outras doenças que não a COVID-19. Surtos de gripe, dengue e outras doenças estão regressando e muitos apontam uma relação direta deste aumento com o foco na pandemia.
O foco na pandemia é extremamente necessário, sim, a produção de vacinas no ritmo que foi visto só foi possível devido a um esforço global e conjunto nesta área.
No entanto, a produção científica em outras áreas também deve ser estimulada e continuar da mesma maneira do que antes, visando trazer a maior qualidade de vida possível para a sociedade mundial.
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Fonte: Jornal Contábil
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