Natal – O Sebrae no Rio Grande do Norte vai ampliar as ações direcionadas aos empreendimentos instalados no Perímetro Irrigado Baixo Açu. A instituição firmou parceria com o Governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sape), Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Norte (Faern) para dinamizar e modernizar as operações do Distrito Irrigado do Baixo Açu (DIBA) de modo a torná-lo mais competitivo e dinâmico, baseando-se nos mais modernos modelos de gestão existentes no país.
Os termos da parceria foram restabelecidos, durante reunião realizada nesta quinta-feira (26), na sede do Sebrae-RN, da qual participaram o diretor técnico do Sebrae-RN, João Hélio Cavalcanti, o presidente da Associação do Distrito Irrigado do Baixo Açu, Michel Angelo Macedo, o gerente executivo da associação, Marcílio Torres; e o presidente do conselho do DIBA, Nuilson Medeiros (Conselho DIBA). Também estiveram no encontro o presidente da Faern, José Vieira, e o assessor da FAERN, Luiz Claudio Macedo, além dos analistas técnicos do Sebrae Angelo Baeta e Franco Marinho e representantes de empresas de consultoria.
O foco da parceria é atuar na gestão do perímetro e dos empreendimentos, de modo a modernizar a operacionalização e elevar a uma nova fase, mais competitiva. O Sebrae ofertará uma série de consultoria tecnológica e diagnósticos para otimizar os processos na administração do distrito e gestão dos negócios.
“Essa parceria já existe alguns anos. Mas, vamos ampliá-la e trabalhar para que os processos e a gestão do DIBA sejam amplificados, visto que, ao longo dos anos, tanto o governo do estado quanto os empresários têm feito investimentos na região. Queremos nesse momento fazer a adequação à nova realidade daquela área, levando inovação, tecnologia, mas principalmente atuar na gestão dos negócios do DIBA”, explica João Hélio. Segundo o diretor, a proposta é diversificar as culturas e proporcionar o desenvolvimento rural dos negócios ali instalados e dar mais segurança jurídica.
“Queremos que o DIBA seja referência quando falarmos de perímetro irrigado”, diz o diretor João Hélio
O único perímetro irrigado do Rio Grande do Norte abrange uma área de mais de 23,4 mil hectares, na região do Vale do Açu, estendendo-se desde o município de Alto do Rodrigues até Afonso Bezerra. É abastecido por uma rede de canais, cujas águas são captadas da barragem Armando Ribeiro Gonçalves – o maior reservatório do estado, que represa o fluxo e pereniza o rio Açu -por meio de uma estação de bombeamento.
A área é ocupada por agricultores familiares com lotes de oito hectares e também por pequenos, médios produtores rurais, cujos lotes variam de entre 100 e 120 hectares, que funcionam como empresas âncoras na difusão de tecnologias de plantio.
Nessas terras, são cultivadas várias frutas, como manga, mamão e limão, além de milho, abóbora, sorgo e gramas. Porém, mais de 40% da produção são de bananas, com destaque também para o cultivo de feijão e coco, que juntos somam cerca de 28% dos itens cultivados – todos plantados em uma área de 4.620 hectares.
“São 400 famílias que dependem do projeto e, com esse apoio do Sebrae, buscamos melhorar o nosso projeto de irrigação e crescer cada vez mais. São mais de quatro mil empregos diretos”, alega Michel Angelo.
Ele justifica a parceira: “O DIBA é uma associação, que cresceu, e precisa modernizar ainda mais seus processos e açõesa mais dinâmicas”.
O perímetro possui solos com alta fertilidade natural, relevo plano, tendo como suporte hídrico o Rio Açu. A implantação do distrito começou em 1989 com investimentos da ordem de R$ 56 milhões, aplicados pelos governos estadual e federal. A área irrigável de 5,9 mil hectares foi implantada em duas etapas. A primeira com 2,7 mil hectares e a segunda etapaª com 3,2 mil hectares.
“É fundamental o apoio do Sebrae nesse novo modelo de governança que está se adotando no DIBA. A Faern tem apoiado os novos empreendedores, mas, para que isso aconteça de forma transparente, clara, com gestão, com governança, o Sebrae é fundamental, pois será capaz de levar as ferramentas de gestão disponíveis para que se faça o melhor modelo para o distrito de irrigação”, aponta José Vieira.
Fonte: SEBRAE
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