O segundo dia de atividades do Sebrae na COP30, em Belém (PA), abriu espaço para debate sobre as oportunidades e os entraves do financiamento verde para os pequenos negócios, protagonistas da transição para a economia de baixo carbono. No estande da instituição na Green Zone, o painel Green Finance reuniu representantes do BNDES, da ABDE e do Banco do Nordeste para discutir caminhos que ampliem o acesso das micro e pequenas empresas ao crédito da sustentabilidade.

Moderador do encontro, o coordenador de Acesso a Crédito e Investimentos do Sebrae, Giovanni Bevilaqua, destacou que o financiamento é um dos grandes temas da COP30, presente tanto na Green Zone como na Blue Zone da ONU. Segundo ele, o desafio central é colocar micro e pequenas empresas no centro do debate econômico.

Os pequenos negócios têm dificuldade histórica de acessar crédito e investimento. O trabalho do Sebrae com bancos, fundos e governos é melhorar esse ambiente e criar condições reais para que eles possam crescer dentro de um novo modelo econômico.

Giovanni Bevilaqua, coordenador de Acesso a Crédito e Investimentos do Sebrae

O coordenador do Sebrae avaliou, ainda, que a agenda da sustentabilidade deixou de ser “tendência” e se tornou prioridade no presente. “Os empreendedores estão atentos. A COP30 colocou os pequenos negócios dentro do debate global e isso fortalece a reorganização dos processos produtivos com foco em sustentabilidade ambiental, melhoria da qualidade de vida nas comunidades e uso de tecnologia de baixo impacto.”

Cristiane Vitorino, gerente de Relações Institucionais e de Operações da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), ressaltou o papel do sistema de fomento na transformação produtiva do país, formado pelo Sebrae e parceiros do painel. “Essa rede de fomento é chave para promover a transição sustentável. São instituições que têm ferramentas para inserir tecnologias e inovações mais limpas dentro dos pequenos negócios”, afirmou. O Sebrae é uma das 35 instituições associadas à ABDE.

André Schelini apontou a importância de expandir a bioeconomia no país | Foto Wesley Santos

A importância da tecnologia para expandir a bioeconomia foi citada por André Schelini, diretor-técnico do Sebrae no Mato Grosso no painel: “Precisamos levar soluções tecnológicas sustentáveis a todos os territórios que empreendem, promovendo desenvolvimento inclusivo e de baixo impacto ambiental”. Já Kleber Oliveira, gerente executivo do Banco do Nordeste, reforçou o compromisso de fortalecer o crédito para pequenos negócios: “Já operamos 14 mil transações diárias de microfinanças, queremos ampliar ainda mais essas linhas.”

Durante o painel, Tiago Peroba, chefe do Departamento de Relacionamento Institucional do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), citou as pequenas empresas como público prioritário, justamente pela dificuldade maior de acessar crédito tradicional. Ele lembrou que o Fundo Garantidor BNDES-Sebrae, já apoiou mais de R$ 2 bilhões em operações.

Também citou programas como Fundo Clima, financiamento de máquinas de baixo carbono, Pronaf Bioeconomia, Pronaf Agroecologia e linhas específicas para a transição energética. “Desde janeiro de 2023, o BNDES destinou R$ 96 bilhões para soluções da economia verde. Essa agenda é estratégica para transformar a base produtiva nacional”, finalizou.

Programação do Sebrae na Green Zone desta terça (11):

  • Painel 7, às 11h: Mulheres da Bioeconomia – Empreendedorismo Regenerativo
    Encontro evidencia histórias e projetos de mulheres empreendedoras que constroem negócios regenerativos a partir da biodiversidade, da cultura local e do uso consciente dos recursos naturais.
  • Painel 8, às 14h30: Investimentos em Inovação
    Debate sobre como a inovação tecnológica e social pode alavancar negócios sustentáveis, desde startups de impacto até cadeias comunitárias de produção que unem saberes ancestrais e ciência aplicada.
  • Painel 9, às 16h: Da Natureza à Inovação – Caminhos da Bioeconomia Brasileira
    Com especialistas, empreendedores e instituições de pesquisa, o painel aborda como a biodiversidade brasileira, sobretudo amazônica, tem sido catalisadora de novos modelos produtivos que geram renda com conservação e conectam mercados globais à floresta em pé.

O Sebrae na COP30

Com estande de 400 m² instalado na Green Zone, o Sebrae transforma sua presença na COP30 em uma experiência imersiva inspirada na Amazônia e na diversidade do país. Além de vitrine viva de inovação e cultura, é um espaço de diálogo e network, com sala de reuniões, auditório e loja colaborativa de produtos da bioeconomia, conectando lideranças, investidores e empreendedores.

De 10 a 21 de novembro, das 9h às 20h, a programação combina conteúdo, cultura e sensorialidade, com atrações como webséries e documentários exibidos no “PedaCine do Brasil”, apresentações culturais, degustações e harmonizações com ingredientes regionais. O Sebrae também montou a Zona do Empreendedorismo (En-Zone), no Parque Belém Porto Futuro, e trabalha em ativações urbanas e outros pontos de presença pela capital do Pará. Acompanhe a cobertura completa dos pequenos negócios na COP30 pela Agência Sebrae de Notícias.

Fonte: SEBRAE
Contabilidade em São Bernardo do Campo – SP. Abertura de empresa é com a Contabilidade Dinelly. Clique aqui