O Pix já se tornou um aliado de muitos empresários e, além da praticidade, é visto como uma maneira de fugir dos impostos que incidem em outras formas de pagamento, a exemplo do cartão de crédito. O sucesso é tanto que a transação digital já virou rotina para prestadores de serviço e em muitos estabelecimentos, que também passaram a oferecer descontos para quem compra com o Pix, principalmente em períodos como o Natal e as festas de fim de ano, quando o mercado está mais aquecido. Pesquisa realizada pelo Sebrae e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que a ferramenta digital é a principal forma de recebimento para 42% dos empreendedores e está à frente de outras modalidades, como dinheiro e cartões de crédito e débito.

“É bom para quem paga e para quem recebe. É um diferencial. No caso do pequeno negócio, é dinheiro na hora, podendo o empreendedor, ao final do dia, ter mais controle financeiro e tomar decisões importantes na gestão do fluxo de caixa, como pagar um fornecedor”, argumenta a analista da Unidade de Capitalização e Serviços Financeiros do Sebrae, Cristina Vieira Araújo. Somam-se a essa vantagem o impacto positivo na entrega de produtos, facilitando a logística e a gestão de estoque, e a melhoria na rotina do empresário, que não precisa se preocupar tanto com o uso de dinheiro em espécie e necessidade de troco.

Disponível 24h e todos os dias da semana, inclusive feriados, o Pix permite que o usuário faça uma transação rapidamente, em aproximadamente 10 segundos. A analista do Sebrae completa que o modelo é integrado às informações do sistema financeiro e traz camadas adicionais de segurança. É acessado apenas pelos canais já disponíveis pelo banco ou instituição de pagamento credenciadas pelo Banco Central. Ainda assim, Cristina reforça que é preciso ficar alerta: “Mesmo com toda a segurança, os usuários devem ter alguns cuidados, como não entrar em links ou baixar aplicativos suspeitos. Lembrando que os golpes costumam ter origem em um processo de engenharia social, ou seja, a causa não está relacionada com a tecnologia do sistema.”

Batizada de Pulso dos Pequenos Negócios, a primeira edição do levantamento do Sebrae em conjunto com o IBGE ouviu, entre o fim de agosto e as duas primeiras semanas de setembro, mais de 6 mil empresários de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal. Separados por porte, o Pix encontra seu melhor desempenho entre os MEI: 51% deles afirmam que esse é principal meio de pagamento utilizado em suas vendas. Entre as micro e pequenas empresas, o Pix é o principal meio para 28% dos entrevistados.

Confira abaixo os dados da pesquisa:

Principal forma de pagamento utilizado pelos clientes das empresas:
Microempreendedor Individual (MEI)
• Pix – 51%
• Dinheiro – 15%
• Cartão de crédito – 20%
• Cartão de débito – 5%
• Outro – 9%

Microempresa
• Pix – 28%
• Dinheiro – 10%
• Cartão de crédito – 30%
• Cartão de débito – 9%
• Outro – 23%

Pequena Empresa
• Pix – 42%
• Dinheiro – 13%
• Cartão de crédito – 23%
• Cartão de débito – 7%
• Outro – 15%

Fonte: SEBRAE
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