ESG ganha protagonismo no setor imobiliário / Imagem: Freepik

As práticas ESG (Environmental, Social and Governance – Ambiental, Social e Governança) já são uma realidade no setor imobiliário brasileiro. Incorporadoras, construtoras e fundos de investimento têm voltado a atenção para práticas sustentáveis, inclusão social e transparência na gestão, diante de uma crescente exigência de consumidores, investidores e órgãos reguladores. 

De acordo com a advogada da Hemmer Advocacia, Milena Xavier Linhares de Andrade, o movimento vai além de uma tendência passageira. “ESG não é mais um diferencial competitivo, é um requisito essencial! Hoje, investidores olham para os critérios ambientais e sociais com o mesmo peso que olham para retorno financeiro. E o setor imobiliário, com seu impacto direto no meio ambiente e na organização das cidades, tem papel estratégico nesse cenário”, afirma a especialista. 

Ainda, segundo a advogada, o setor tem respondido à crescente pressão por práticas mais responsáveis. “Instituições financeiras, nacionais e internacionais, estão condicionando a liberação de crédito à comprovação de práticas sustentáveis. Esse movimento, que começou no campo, já chegou com força ao ambiente urbano, e impacta diretamente a forma como se pensa e se estrutura um empreendimento imobiliário”, reforça. 

Desde a elaboração de contratos, até a definição de políticas internas, a assessoria jurídica contribui para garantir conformidade legal e ampliar a competitividade no mercado. “O corpo jurídico é essencial na formalização das práticas de ESG, na identificação de riscos, na elaboração de diretrizes internas e na proteção da propriedade intelectual relacionada à inovação tecnológica aplicada à construção civil”, explica Milena. 

Além disso, o jurídico também atua em frentes como treinamentos, auditorias, compliance ambiental e resolução de conflitos socioambientais, o que fortalece os pilares da governança corporativa. “A aplicação efetiva do ESG exige transparência, ética e responsabilidade, atributos que precisam estar juridicamente ancorados para gerar segurança e perenidade nos negócios”, complementa. 

No setor imobiliário, as práticas ESG se manifestam em ações como o uso racional de recursos naturais, a eficiência energética, a gestão de resíduos nas obras, a preocupação com a acessibilidade e o impacto urbano dos empreendimentos. “No setor imobiliário, a incorporação de diretrizes ESG vai muito além de uma preocupação com a reputação da marca. Sem práticas sustentáveis, responsabilidade social e uma governança sólida, os projetos perdem competitividade, enfrentam maiores riscos jurídicos e têm dificuldade de se posicionar em um mercado que já reconhece o ESG como parâmetro estratégico e não mais como uma vantagem opcional”, finaliza.  

Milena Xavier Andrade
Crédito: Marketing – Hemmer Advocacia  

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Contabilidade em SBC é com a Dinelly. Fonte da matéria: Jornal Contábil