A corrida presidencial está acelerada e, cada vez mais, os candidatos firmam seus discursos e parcerias políticas. Lula continua à frente nas pesquisas, seguido do atual presidente Jair Bolsonaro, no entanto, outros candidatos para um eventual segundo turno começam a aparecer – já que Moro, Ciro e Doria/Leite estão tecnicamente empatados na terceira posição.

Embora Sérgio Moro não tenha declarado que será candidato, ele participa de reuniões com empresários e parlamentares. Sua entrevista ao jornalista Pedro Bial teve ampla repercussão, de apoiadores e de não apoiadores.

Antes, o ex-juíz enfrenterá alguns desafios à sua candidatura, o primeiro deles é a posição dos Ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), que defendem que juízes, depois de deixarem a toga, cumpram quarentena antes de se candidatarem a cargo público. Em julho de 2020, quando presidia o STF, o ministro Dias Toffoli defendeu que o Congresso Nacional aprovasse prazo de oito anos para que juízes e membros do Ministério Público pudessem se candidatar a cargos públicos.

Doria na Disputa

O Governador de São Paulo, João Doria (PSDB), também segue com articulações para conquistar o apoio de seu partido e concorrer à Presidência em 2022.

Em entrevistas, Doria tem defendido ser uma alternativa aos candidatos já declarados, como Lula e Bolsonaro, mas sem descartar que pode apoiar outros representantes, como Moro e o ex-Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Mas, antes, Doria terá que alinhar o entendimento com outros possíveis candidatos tucanos, como Eduardo Leite (Rio Grande do Sul) e o ex-senador e ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio.

No último domingo (21), o PSDB enfrentou instabilidade em um sistema desenvolvido para a votação e não conseguiu definir o candidato vencedor. A falha gerou prejuízo político aos concorrentes e à imagem do partido. A expectativa, agora, é de concluir a votação até o próximo domingo (28).

Para ter visibilidade na disputa, Doria tem se apoiado em sua atuação no combate à Covid-19 – já que, por conta da vacina CoronaVac, o Estado de São Paulo foi destaque na imunização contra a doença.