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Desde que a pandemia começou, a saúde mental passou a ser um fator ainda mais preocupante. A sobrecarga de trabalho provocada pela rotina de home office, potencializada pelo isolamento social, fez aumentar o número de pessoas afetadas pela Síndrome de Burnout no país, chegando a 33 milhões de brasileiros. De acordo com a International Stress Management Association (ISMA-BR), o Brasil é o segundo país com o maior número de pessoas com a doença no mundo. 

Em 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a Síndrome de Burnout como um “fenômeno ligado ao trabalho” e descreveu sintomas como: sensação de esgotamento, sentimentos negativos relacionados a seu trabalho e eficácia profissional reduzida. A partir de primeiro de janeiro deste ano, ela ganhou uma nova classificação, passando a ser considerada como “estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso” e a compor o rol de doenças do mercado corporativo.

Thiago Campaz, CEO do VExpenses, explica que existem diversas maneiras de identificar casos de Burnout no dia a dia. Alguns colaboradores não entregam todas as tarefas dentro do prazo e acumulam serviço. Outros aparentam trabalhar mais, fazendo horas extras, mas não tem aumento de produtividade. Ou o inverso, atuam no piloto automático e não veem a hora de ir embora.

Além dos impactos na saúde, a síndrome também gera uma implicação econômica para as empresas que precisarão lidar com afastamentos, desligamentos, baixa produtividade e, até mesmo, indenizações ligadas à doença do trabalho. Por isso, é preciso estar atento aos fatores internos da corporação que podem potencializar o desenvolvimento da Síndrome de Burnout nos colaboradores.

Entre os causadores do Burnout, destacam-se os processos administrativos pouco eficientes e excessivamente burocráticos que sobrecarregam os funcionários tanto em relação à carga de trabalho e mental, quanto financeiramente. É o caso dos processos de reembolso de despesas.

“Existem situações, como as viagens à negócios, nas quais os colaboradores precisam arcar com algumas despesas do próprio bolso e depois prestar contas para receberem reembolso da empresa. Porém, quando esse processo não funciona da forma ideal, ele pode gerar um grande estresse a todos os envolvidos”, explica Campaz.

Quando não otimizado, os processos de reembolsos geram sobrecarga de trabalho para os colaboradores da área financeira da empresa que, além de precisarem desempenhar suas principais obrigações, também assumem a função de auditar relatórios e comprovantes de gastos manualmente, exigindo horas de dedicação exclusiva. Já com relação aos funcionários que esperam o reembolso, a demora no processo gera estresse financeiro, ansiedade e incerteza de quando irão receber seu dinheiro de volta.

Para solucionar o problema, a corporação pode ter ações estratégicas para auxiliá-los, bem como prevenir que outros tenham o mesmo nível de estresse. Um dos primeiros passos é estabelecer uma comunicação honesta entre todas as pontas. Posteriormente, soluções como adoção de tecnologia e ferramentas capazes de otimizar esse processo também são aconselhadas. Mesmo a simples adoção de cartões corporativos para separar as despesas de trabalho e pessoais podem fazer a diferença. 

“Acreditamos que utilizar um cartão corporativo para custear as despesas extras dos funcionários no trabalho, por exemplo, principalmente cartões do tipo pré-pago, ajuda no bem-estar dos colaboradores pois eles deixam de onerar as contas particulares do seu colaborador e o dinheiro sai direto da conta da empresa. Assim, evita desentendimento, confusão, quebra de confiança e os trabalhadores ganham mais tranquilidade para lidar com dinheiro”, finaliza Thiago.

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Fonte: Jornal Contábil
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