O Consumer Eletronics Show (CES) é mais do que uma feira de tecnologia. Ao longo de mais de cinco décadas, se posicionou como um dos grandes eventos de inovação e soluções tecnológicas voltadas ao consumo.
Nele, as pessoas podem conferir equipamentos e ferramentas que parecem ter saído de um filme de ficção científica, mas que em pouco tempo estarão em nosso dia a dia.
Por conta disso, o CES passou a ditar tendências e projetar cenários que impactam o varejo global.
Nesse ano não poderia ser diferente. Ainda que tenha ocorrido de forma on-line, dados da Coresight Research apresentados em sua programação antecipam o que vem por aí no setor.
Confira os principais assuntos que vão fazer parte das discussões do varejo nos próximos meses:
1 – Pagamentos digitais
Se o mundo está cada vez digital, não dá para esperar que o consumidor tire a carteira do bolso e conte cédulas e moedas na hora de efetuar o pagamento na compra de um produto ou serviço.
Se ele tem a opção de comprar digitalmente, espera poder pagar da mesma forma agora.
Assim, o lançamento de mais opções nesse segmento é uma das principais tendências justamente por trazer a rapidez e a facilidade nas transações.
Aproximação, QR Code, programas de fidelidade, carteiras digitais, aplicativos e moedas digitais como utility tokens são recursos essenciais na estratégia de crescimento do varejo.
2 – Bem-estar e lazer
Quando a pandemia de covid-19 avançou em todo o mundo e obrigou as pessoas a ficarem confinadas em suas casas como principal medida de prevenção, nos demos conta da importância que produtos e serviços relacionados ao bem-estar e lazer têm em nosso dia a dia.
Quem não sente falta de uma caminhada ao ar livre ou de um happy hour no restaurante? Pois bem, os consumidores irão investir bem mais em produtos e soluções desse tipo nos próximos meses e anos, colocando esse nicho em alta em um mundo pós-coronavírus.
3 – Novas modalidades de compras on-line
Engana-se quem pensa que o e-commerce foi moda passageira no pico da pandemia de covid-19 em 2020.
O setor soube explorar suas vantagens no cenário de isolamento social e se posicionou como a melhor alternativa de consumo para os cidadãos – até mesmo entre quem se mostrava reticente com esse canal de vendas.
A questão é que as opções virtuais se expandiram para além do site da loja.
Por conta dessa intensa digitalização, temas como social commerce, lives e outras soluções digitais passaram a ser essenciais na construção da experiência do consumidor nesse ambiente.
O cenário de incertezas provocado pelo avanço da doença também aflorou ainda mais a percepção de responsabilidade social das pessoas.
Agora, os consumidores querem saber como a marca se posiciona em relação aos recursos naturais e, principalmente, como apoia seus colaboradores e a própria comunidade em que está inserida.
O comprometimento com essas causas irá se manter forte nos próximos meses e anos – e eles ficarão mais atentos às ações da empresa em prol de impactos positivos.
5 – Cadeia de suprimentos flexível
As mudanças não são apenas comportamentais ou restritas ao consumidor final.
O varejista precisa entender que a transformação ocorre no próprio ecossistema em que está inserido.
O jeito de fazer negócios não vai ser mais o mesmo e é preciso se adaptar aos cenários.
A tendência, portanto, é investir cada vez mais numa cadeia de suprimentos flexível, permitindo que a companhia possa se adaptar a qualquer situação que aparecer e, principalmente, identificar possíveis correções de rota sem afetar a rentabilidade e a produtividade da organização.
Cássio Rosas é head de Marketing e Estratégia da WiBOO, startup criardora da WiBX utility token que promove um programa de fidelização entre varejistas e consumidores por meio de moedas digitais
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Fonte: Jornal Contábil
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