O Programa de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), foi prorrogado por mais três meses, de acordo com o anúncio realizado nesta quarta-feira, 19.
A prorrogação no prazo de contratação de crédito, possibilita que mais empreendimentos sejam contemplados pela linha de crédito, e recebam um suporte financeira que auxiliará neste momento de enfrentamento à pandemia da Covid-19.
A expectativa gira em torno de 170 mil empresas contempladas pelo Pronampe.
Conforme dados do Instituto Fecomércio de Pesquisa e Análises (Ifec-RJ), somente no Rio de Janeiro, 30,8% dos empresários tinha a intenção de solicitar crédito mediante uma instituição financeira no último mês.
Entretanto, apesar de os recursos do programa terem se esgotado rapidamente logo no início, tendo em vista a alta demanda, o presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Rio de Janeiro (CRC-RJ), Samir Nehme, o Pronampe continua sendo o mais procurado.
O motivo se deve ao fato de que, a verba pode ser destinada a gastos gerais como, folha de pagamento e matéria prima, uma vez que a incidência de juros é mínima.
Apoio financeiro
De acordo com o presidente do conselho, a disponibilização de um montante superior a R$ 12 bilhões em crédito, se trata de uma nova chance destina às empresas que ainda necessitam de apoio financeiro para estimular os negócios.
“O Pronampe tem muitas vantagens, e uma das que mais interessa às empresas, é o fato de ser um crédito livre com baixa taxa de juros. Isso significa que as micro e pequenas empresas poderão usar os recursos obtidos para realizar investimentos ou para despesas operacionais, pagamento pouco mais de 3% de juros por ano. No caso do Capital de Giro para Preservação de Empresa, por exemplo, o acréscimo anual chega a custar três vezes mais”, afirmou Samir Nehme.
Uma pesquisa divulgada no final do mês de julho pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que, em média, 65% das empresas foram afetadas com a diminuição das vendas ou serviços comercializados durante a pandemia.
Isso aconteceu devido a falta de verba necessária para arcar com as despesas de rotina, como o pagamento dos funcionários e acesso a fornecedores.
Estes dados correspondem à segunda quinzena do mês de julho.
Ainda conforme o instituto, 32,4% dos negócios que estiveram aptos a retomar as atividades teve o apoio de pelo menos uma das diversas medidas disponibilizadas pelo Governo Federal.
Setores impactados
Os comércios de varejo, atacado e de veículos e motocicletas, foram os que menos sentiram os efeitos negativos da pandemia, de acordo com a mesma pesquisa.
Segundo apurado, cerca de 1,2 milhão de empresas precisaram recorrer a algum crédito governamental.
Enquanto isso, o setor de serviços, especialmente nos segmentos de comunicação, administração e transporte, o índice é agravante.
Na oportunidade, o presidente do CRC-RJ, informou que, caso o Pronampe não consiga atender todos os empreendimentos solicitantes, é essencial que o empresário procure o auxílio de uma consultoria, no intuito de encontrar uma alternativa, talvez, um novo crédito que esteja de acordo com o orçamento do negócio.
Para ele, as demais medidas podem ser aceitas sem grandes ponderações, uma vez que, atuem mediante a desburocratização atribuída à entrega de documentos, por exemplo.
“É sempre muito válido que cada empresa busque auxílio de um profissional da contabilidade para estudar a necessidade de seu negócio. Ao lado do Pronampe, há outras medidas, como o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, o Programa Emergencial de Suporte a Emprego e o Capital de Giro para Preservação de Empresas; Elas se diferenciam por requererem menor demanda de documentações e comprovações, além das instituições financiadoras darem à empresa garantias para pagamento”, destacou Samir Nehme.
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Por: Laura Alvarenga
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Fonte: Jornal Contábil
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