Por Fabrício Lourenço
Comunicação CFC

Cerca de 25 milhões de brasileiros receberão o auxílio emergencial de R$600, segundo anunciou o Governo federal na última terça-feira (7).  A  Lei nº 13.982, que criou o benefício, foi publicada no dia 2 de abril no Diário Oficial da União (DOU) e é uma das medidas adotadas pelo Governo para combater a crise econômica causada pela Covid-19.

A lei estabelece, entre outros requisitos, que trabalhadores autônomos e Microempreendedores Individuais (MEI) receberão o auxílio emergencial, que começa a ser pago nesta quinta-feira (9).

Para muitos desses pequenos empresários, o auxílio, que será pago por três meses, trará certo alívio para tentar equilibrar as contas no fim do mês, como é caso do cabeleireiro de Brasília, Rone Oliveira Alves, 34 anos, que se enquadra no grupo de trabalhadores aptos a receber o benefício.

Desde o início da quarentena ele teve que fechar as portas do estabelecimento e, para amenizar a crise, tem realizado alguns atendimentos em domicílio. “Preciso trabalhar para, pelo menos, comprar comida para a família”, revela o cabeleireiro, que é casado e pai de dois filhos.

Com o auxílio, ele vai destinar 300 reais para  o mínimo do cartão de crédito e a outra metade para fazer a compra do mês. “O auxílio não é o que esperávamos, mas já ajuda”, afirma o pequeno empresário.

A realidade do cabeleireiro Rone não é diferente dos milhões de trabalhadores do país. A mestra artesã Vânia Oliveira, de Maceió (AL), 63 anos de idade e 38 de profissão, relata as dificuldades trazidas pela pandemia. “O artesão está sofrendo muito com essa crise porque os turistas sumiram, as feiras foram suspensas e os pontos de comercialização do nosso produto foram fechados. Nós sobrevivemos da nossa arte e, com essa pandemia, vamos demorar muito tempo para recuperar”, lamenta a comerciante.

A artesã também se enquadra no recebimento do auxílio. “Fiz o meu cadastro e estou aguardando o resultado da análise”, afirma.

Segundo Vânia, o benefício vai amenizar as despesas, mas ela lembra, ainda, que a maioria desses profissionais têm idade avançada. “Além de todas as contas essenciais, temos que comprar os nossos remédios. Será preciso priorizar o que realmente é necessário”, esclarece a artesã.

O coordenador do Programa de Voluntariado da Classe Contábil (PVCC), contador Elias Caddah, lembra que o benefício para os trabalhadores informais e microempreendedores individuais  é dar proteção financeira durante o período de enfrentamento à crise do coronavírus, em que muitos trabalhadores ficaram sem renda devido ao isolamento.

Por isso, vale um alerta: é preciso planejar com cautela quais são  as despesas consideradas essenciais que devem ser pagas com o auxílio emergencial.

O contador reforça, também, que o bom uso do cartão de credito é valido neste momento, mas sem fugir da regra do planejamento, sempre buscando pagar a fatura na sua totalidade.

O PVCC, que é mantido pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), possui atualmente mais de 8 mil voluntários em todo o país.

A Caixa Econômica Federal disponibilizou o site de auxílio emergencial. Para conferir se você se encaixa no perfil para o recebimento do benefício,  clique aqui.

Dicas para manter um orçamento seguro

  1. Fazer um planejamento financeiro.
  2. Revisar e analisar o que realmente é essencial e o que pode ser cortado, lembrando que esse sacrifício é necessário para que se crie um hábito de poupar e adequar o seu orçamento a essa nova realidade.
  3. Controle os gastos com o cheque especial e cartão de crédito e, se puder, pague toda a fatura.
  4. Neste momento de pandemia, não faça grandes dívidas, como troca de carros e reformas, por exemplo.
  5. Renegociar com os bancos as dívidas em geral que possam aparecer pode ser uma boa saída.

 

Fonte: Contábeis
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